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Oferta escassa

Apesar de estratégicas para os partidos, candidaturas à Câmara Federal só abriram cotações para quatro deputados estaduais até agora

Leonardo Sá

A quase um ano das eleições de 2022 e com as candidaturas à Câmara Federal estratégicas para os partidos, as cotações de bastidores no Espírito Santo sinalizam poucas chances de os atuais deputados estaduais tentarem alçar voos mais altos para Brasília. Até agora, dos 30 parlamentares, os nomes que apareceram nessas movimentações se resumiram ao presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), Sergio Majeski, Eustáquio de Freitas (PSB) e Renzo Vasconcelos (PP). E mesmo assim, no primeiro caso, a rota, por ora, já foi alterada em direção ao Palácio Anchieta. Majeski, de saída do PSB, do mesmo jeito manifesta interesse em novos projetos legislativos, mas também não descarta o governo do Estado. O mais certo na missão até agora é o aliado e correligionário de Renato Casagrande (PSB), Eustáquio de Freitas, apontado, principalmente na região norte e noroeste, seu reduto eleitoral, como candidato à Câmara, e que circula o Estado em incontáveis solenidades. Já Renzo Vasconcelos (PP), embora no primeiro mandato, também se movimenta nessa área, porém, dependendo de uma legenda que o acomode para isso, o que ainda não aconteceu. A oferta ainda escassa se contrapõe às declarações de comandantes estaduais de legendas que garantem sair com ampla chapa competitiva no próximo ano, no esforço de atingir a cláusula de barreira. Com origem na Assembleia, que seria o degrau esperado, definitivamente, não parece ser o caso, abrindo incógnitas sobre os quadros que serão testados. A não ser que algum parlamentar tenha que ir para a “forca”, nas finalizações partidárias, predominam no legislativo estadual os projetos de reeleição. Quer dizer…de quatro deputados até agora, o número está mais para descer do que subir. Confere?

Mais rígida
Em 2022, para garantir acesso ao fundo partidário e ao horário eleitoral gratuito, os partidos terão que a atingir 2% dos votos válidos para a Câmara, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, ou eleger 11 deputados em nove estados. Na disputa de 2018, era 1,5% de votos, com um mínimo de 1% em nove estados, ou eleger deputados em pelo menos nove estados.

Acordos possíveis?
Para superar as dificuldades, as legendas começaram a debater a formação de federações, liberadas pelo Congresso Nacional após a derrubada de veto do presidente Jair Bolsonaro nessa segunda-feira (27). Há tentativas no bloco PCdoB, PSB e Psol e, também, entre Cidadania, PV e Rede. Na prática, é como se fosse uma fusão, mais simples e autônoma, com validade de quatro anos. Se vingar, dá uma salada política, hein…

Perguntas
Voltando a Majeski, há tempos não se sabe a quantas andam as conversas com o PSDB. E Renzo Vasconcelos, depois de encontrar as portas fechadas no Pros e ter dificuldades de se viabilizar no PP para a Câmara, tem plano C?

Mesmos planos
Na atual composição da bancada capixaba na Câmara, são considerados candidatos à reeleição Soraya Manato (PSL), Helder Salomão (PT), Neucimar Fraga (PSD), Lauriete (PSC), Ted Conti (PSB) e Norma Ayub (DEM). Alguns já declarados, outros nem tanto.

Em aberto
Da Vitória, de saída do Cidadania, aparece em cenários de reeleição ou Senado. Felipe Rigoni, ex-PSB, andou manifestando interesse no governo do Estado, assim como Evair de Melo (PP), mas ainda não convenceram. E Amaro Neto (Republicanos) é aquilo né…sempre cotado para tudo e mais um pouco.

Fim dos tempos
O senador Marcos do Val (Podemos), atuante em campo oposto a Fabiano Contarato (Rede) e defensor do bolsonarismo, se manifestou contra o ataque homofóbico sofrido pelo colega nesta quinta-feira (30), extensivo a todos os LGBTQIA+, durante depoimento na CPI da Covid do empresário Otávio Fakhoury. Postou seu posicionamento nas redes sociais e foi…atacado!

Fim dos tempos II
Na CPI, Do Val disse ter “vergonha de ter pessoas como você como brasileiro”, referindo-se a Fakhoury. Nas redes, reafirmou que “não podemos mais admitir esse tipo de comportamento preconceituoso, seja homofobia, racismo, ou qualquer tipo de discriminação”. Discordar disso é, no mínimo, absurdo e criminoso. 

Tiro no pé
Com todo respeito aos partidos de esquerda do Estado, não há o menor cabimento em não considerar uma aliança para 2022, dentro do atual contexto político do País. A resistência local entre o Psol e o PT por muitos anos teve, de fato, fundamento. Mas a essa altura do campeonato, não, não…

Nas redes
“No dia que completam 9 meses da entrega da UPA Zilda Arns, em Riviera da Barra-Vila Velha, é lamentável que ela se encontre fechada por decisão da atual administração municipal. Com 990 vidas ceifadas pela Covid na cidade em 2021, a UPA fechada é um tapa no rosto de todo o povo”. Ex-prefeito Max Filho, do PSDB.

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