Cenas da Serra: Weverson Meireles deixa cargo na prefeitura e Audifax perde para Muribeca apoio de militares
Sem o prefeito, Sergio Vidigal (PDT), e com a presença de importantes blocos políticos, a cena eleitoral majoritária na Serra continua a todo vapor. Nos capítulos mais recentes, dois movimentos merecem registro: o pupilo de Vidigal e candidato à sucessão, Weverson Meireles (PDT), se desincompatibilizou do cargo de assessor especial da Coordenadoria de Governo, para cumprir o prazo exigido pela Justiça Eleitoral aos candidatos deste ano. Agora é só campanha nas ruas e a corrida contra o tempo para se mostrar ao eleitorado, desafio principal do grupo, já que Weverson é desconhecido e ninguém sabe, ainda, como funcionará a transferência de votos do prefeito. Em outro campo, da direita, o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos) recebeu o apoio oficial do Projeto Político Militar (PPM), que reúne entidades representativas das categorias de segurança pública, área de apelo popular e sempre tema de debates acalorados em eleições. O PPM foi criado em 2017, na esteira da greve da Polícia Militar (PM), e vem marcando terreno tanto em alianças quanto candidaturas próprias. O movimento não conta mais com o impulso da “onda Bolsonaro”, mas se mantém nas mesas de negociações e angariando espaços. No caso de Muribeca, a articulação fez um derrotado: o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), que também buscava convergências com o grupo. Segue o jogo…
Reta final
A saída de Weverson foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (4), dois dias antes do final do prazo da Justiça Eleitoral. Até lá, muito coisa deve rolar…
Alvos
No vídeo de apoio a Muribeca, as lideranças do PPM convocam militares, bombeiros, pensionistas e operadores de segurança pública: “Vamos caminhar juntos para construir esse processo de entregar para o município uma segurança pública de qualidade”. Dá para colocar no mesmo alvo as gestões de Vidigal e de Audifax.
Tudo em casa
Quem também já recebeu apoio declarado do projeto foi o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), que busca a reeleição com um frente ampla de partidos e investimentos vultosos do governo Renato Casagrande (PSB). Euclério é da área: policial civil aposentado.
Movimento paralelo
Apesar da “prensa” dada pelo presidente estadual de Podemos, Gilson Daniel, o deputado estadual Allan Ferreira (Podemos) não pisou no freio nas agendas com o candidato a prefeito de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado), Diego Libardi (Republicanos)…
Movimento paralelo II
…os dois se reuniram nessa segunda-feira (3) com o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos – de saída do Podemos -, para debater o cenário político do município. Se as paredes falassem…
Movimento paralelo III
Allan e Libardi, junto ainda com o deputado estadual Dr. Bruno Resende (União), formam o “bloco dos três” em Cachoeiro, que consolidou como cabeça de chapa o nome do Republicanos, testado no pleito de 2020. Acontece que o Podemos, assim como em várias outras cidades, vai caminhar com o PSB, de Casagrande. A candidata será Lorena Vasques, que deixou as secretaria de Obras e Serviços para encarar a missão.
Tête-à-tête
O ex-deputado federal Carlos Manato (PL), que tentou o governo em 2022, ressurgiu nas fotos da classe política ao lado do ex-presidente da Assembleia e comandante do Republicanos no Estado, Erick Musso. As últimas notícias dos corredores indicam que Manato ainda está estremecido com os dirigentes do PL, situação registrada desde a campanha eleitoral.
Futuro
Há pouco tempo, a também ex-deputada Soraya Manato, que não conseguiu a reeleição, se filiou ao PP, outra possível porta futura para o marido. Os dois, porém, não têm planos para a disputa deste ano. Já para 2026…
Nas redes
“Que economia é essa? Hoje nós debatemos o PL 98/2024, da Prefeitura de Vitória, que visa extinguir cargos comissionados do seu quadro de servidores, sob a promessa de redução de custos. Porém, esses cargos não estavam sendo utilizados! E como o PL também visa criar novos, não haverá nenhuma vantagem financeira. Na verdade, a medida vai gerar um custo mensal de R$120.379,90 (…)”. André Moreira, vereador pelo Psol.
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