Com gritos de “não ao retrocesso”, evento do MDB reforça aliança com Arnaldinho e filia possível vice da chapa
Aliança mais do que reiterada com o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), e filiação do possível vice na chapa, o presidente da Câmara de Vereadores, Bruno Lorenzutti. Esse foi o resultado do encontro do MDB no município, nesta terça-feira (2), que também ecoou gritos de “não ao retrocesso” pelas lideranças presentes. Lorenzutti, que deixou o Podemos, é aliado de longa data de Arnaldinho, e foi apresentado pelo presidente do MDB no Estado, Ricardo Ferraço, como “o futuro vice-prefeito de Vila Velha”. A decisão final, porém, ainda depende de ajustes relacionados ao arco de aliança do palanque à reeleição do prefeito. De todo jeito, o vereador já antecipou que não será candidato novamente à Câmara, entendendo que esse ciclo se encerrou. Já Arnaldinho, que pretendia formar uma frente ampla, mas esbarrou em obstáculos, mandou recados nas entrelinhas aos partidos e adversários: “só não está do nosso lado quem não gosta da cidade. As portas estão abertas para quem gosta de trabalhar”. Ele disse que “celebra a renovação dessa chama”, em referência à aliança com o MDB, e acrescentou: “colocamos gás e hoje está em fogo alto”. O prefeito já integrou os quadros do MDB e recebeu novo convite no ano passado, mas agora está no radar do PP. Enquanto não se move nesse sentido, porém, a composição Podemos-MDB é exaltada, somando-se, até agora, ao PSB, do governador Renato Casagrande, aliado de peso na briga pela reeleição, que terá pela frente, principalmente, o coronel Alexandre Ramalho (PL), sedento por dominar um campo lucrativo de votos no município, leia-se o eleitorado de direita e bolsonarista.
Peças em movimento II
A largada de Arnaldinho, com dois partidos fechados, foi com passo menor do que se esperava. Uma das perdas recentes foi o PSDB, com a retomada do diretório pelo ex-prefeito Max Filho, que precisou recuar da disputa, mas coloca gás no aliado, Maurício Gorza, para marcar posição na área da oposição.
Mesmo filme
O movimento que une o prefeito e o vice em Vila Velha é o mesmo registrado em Vitória, com Lorenzo Pazolini (Republicanos) e o presidente da Câmara, Leandro Piquet. Dois aliados acomodados nos comandos de legislativos, que pertenciam às legendas dos prefeitos, mas mudaram para abrir o terreno de alianças e fechar na função de vice.
Mesmo filme II
Piquet, como se sabe, deixou o Republicanos para se filiar ao PP, principal partido que caminhará com Pazolini este ano. Assim como Lorenzutti, o vereador também já declarou que não tentará a reeleição.
Futuro
A definição da vice é considerada essencial para os projetos futuros de Arnaldinho e Pazolini, que miram nas eleições de 2026. A depender dos resultados deste ano, os prefeitos passam a integrar a lista de pretendentes ao Palácio Anchieta. Neste caso, terão que deixar as gestões antes do tempo, entregando-as, por razões óbvias, a aliados da inteira confiança.
Contramão
Sobre as investidas do PP em Arnaldinho, já declarada pelo presidente da executiva estadual, Da Vitória, chama atenção os acenos do responsável pelo diretório de Vila Velha, o ex-deputado federal Neucimar Fraga, ao coronel Alexandre Ramalho. Está sempre presente nas redes sociais, levantando a bola do militar.
Projeções
Em Vitória, completando as investidas dos últimos meses, o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas foi novamente lançado à prefeitura. Desta vez, com a presença do presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. Nas falas, sobraram projeções bem otimistas para o partido em todo Estado. O palanque de Luiz Paulo, não há como negar, é competitivo, mas o ninho tucano, no geral, está à míngua. Ressuscita, senhor?!
Nas internas
A visita de Perillo também se estendeu ao Governo do Estado, para encontro dos tucanos com Renato Casagrande (PSB). O governador se mantém somente nas conversas internas, sem abraçar publicamente seu candidato, mas é um dos principais interessados em derrubar Pazolini na Capital. Em jogo, justamente, seu projeto de sucessão.
Nas internas II
Como citei aqui na coluna passada, esse bloco reúne ainda os partidos PSD, Podemos, União Brasil e MDB. À medida que o calendário avança, mais fica claro que o nome do bloco será, mesmo, Luiz Paulo, afastando do tabuleiro oficial os deputados estaduais Tyago Hoffmann (PSB) e Fabrício Gandini (PSD).
Nas redes
“O Brasil aumentou o número de vereadoras eleitas em 2020, mas ainda há muito o que avançar para que espaços como o legislativo sejam comandados por uma mulher (…)”. Karla Coser, vereadora de Vitória pelo PT, ao comentar o fato de nenhuma mulher presidir câmaras municipais em capitais do País.
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Vai que cola…
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Tombo eleitoral
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