Lorenzo Pazolini entra de vez na rota de deputados-candidatos e cerco se fecha na Assembleia
Começou com Capitão Assumção (PL), passou por João Coser (PT) e Tyago Hoffmann (PSB), e terminou – por ora! – com Camila Valadão (Psol). Nos últimos dias, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), entrou de vez na rota dos deputados-candidatos na Capital e foi alvo de sucessivos discursos críticos, alguns com disparos de termos como “moleque” e “plagiador”. Com muitas horas de atraso e até dias, só apareceu Denninho Silva (União) para exercer a função de escudo, na sessão desta terça-feira (27) da Assembleia Legislativa. Sem aprofundar nas questões levantadas, resumiu sua defesa basicamente assim: “ataques covardes e injustos” e “não teve e nunca terá um prefeito que fez tanto por Vitória como Pazolini”. A fala não teve eco em plenário, e foi aí que entrou Camila: “Pretendo subir a essa tribuna para criticar o prefeito inúmeras vezes, como cidadã que sente, todos os dias, como é viver com uma administração sem capacidade de gestão, técnica e política, e como deputada que teve 16 mil votos, sendo a mais votada na cidade de Vitória (…). Não me intimidarei com nenhum deputado aqui que queira defender, embora isso fique cada vez mais difícil!”. É…o cerco já se fecha para Pazolini na Assembleia!
Esbravejo
O primeiro embate, de Assumção, foi ainda na semana passada, reforçado nessa segunda (26). Ele repetiu o discurso feito por bolsonaristas de que Pazolini tenta capitalizar no nicho da direita, mas nunca participou de movimentos nem se posicionou em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Assumção se coloca como o único representante desse bloco e acusa o prefeito de tentar eliminar seu palanque.
Esbravejo II
Já Coser mandou ver, também nessa segunda, após o prefeito ter exaltado a posição da Capital num ranking nacional de saneamento como mérito de sua gestão. O petista reivindicou a paternidade de obras realizadas no período que comandou a prefeitura, como o Águas Limpas, e lembrou que os transtornos das intervenções geraram, inclusive, desgastes a ele, com o apelido de João Tatu.
Dobradinha
Críticas ocorreram horas antes também na Câmara Municipal. Protagonizadas nos mesmos termos e pela filha do deputado, a vereadora Karla Coser (PT). Os dois, como já analisado aqui, atuarão cada vez mais juntos na meta de derrubar o prefeito este ano.
E Tyago?
O deputado do PSB pegou o embalo na fala de Coser e emendou: “Prefeito, o senhor precisa trabalhar com a verdade: tenha mérito naquilo que o senhor fez e dê mérito”.
Enxurrada
Com profusão de candidatos em Vitória este ano, muitos com cadeira no legislativo estadual, uma vitrine e tanto em ano eleitoral, alguém duvida de que virá muito mais por aí? Foi dada a largada!
Guerra declarada
Depois da “doiderada” – só falando assim – do Republicanos, que convidou o ex-prefeito de Baixo Guandu, Neto Barros, para se filiar e disputar novamente o cargo, e logo em seguida desconvidou, ele publicou um reels nas redes sociais com vários rostos do seu adversário e atual prefeito, Lastênio Cardoso (SD)…
Guerra declarada II
…Lastênio aparece chorando, junto com recortes de mensagens recebidas por Neto da população, e a legenda: “Sabe aquela pessoa que vive te criticando porque não consegue parar de pensar em você? Pois é…quem também tem um admirador assim comenta aí”.
Guerra declarada III
Se os dois nunca se bicaram antes, agora só piorou! Parece que, na confusão do Republicanos, um dos atores foi o próprio prefeito, que se mobilizou com filiados com mandatos para barrar o adversário, que é ex-dirigente do PCdoB no Estado. A propósito, o que Neto pretendia fazer no Republicanos, gente?!
Nas redes
“(…) a gestão Pazolini mal, mal fiscaliza as residências que deveriam estar conectadas à rede de esgoto e continuam poluindo nossas praias, mas tem coragem de ir tirar onda com resultado do trabalho alheio. Ficou feio, hein prefeito”. Karla Coser, vereadora do PT, em mais investidas contra o prefeito.
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