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Piada de mau gosto

Asssumção não deveria nem ter sido escalado como membro da comissão de Direitos Humanos, quem dirá pleitear a presidência…

Ana Salles/Ales

Por pouco a Assembleia Legislativa não protagonizou, nesta quarta-feira (15), o cúmulo do cúmulo do absurdo dos últimos tempos: eleger o bolsonarista e extremista Capitão Assumção (PL) presidente da Comissão dos Direitos Humanos. Isso mesmo, Direitos Humanos! Pasme! O próprio, numa contradição absurda, se colocou na disputa pela vaga, mesmo defendendo em sua trajetória incontáveis violações a esses direitos. Ele tentou levar o jogo por WO, valendo-se da ausência na sessão dessa quarta da deputada Iriny Lopes (PT), que é efetiva do colegiado e integra a chapa concorrente, encabeçada por Camila Valadão (Psol), ao contrário de Assumção, atuante na área. Camila interviu entre o grupo e Janete de Sá (PSB) fez apelo ao microfone, para a votação ocorrer após o Carnaval, citando os acordos feitos na Assembleia com os blocos partidários. Alguns minutos depois, martelo batido pelo presidente Marcelos Santos (Podemos), adiando o desfecho. A vantagem hoje seria para a chapa da Camila, com um voto a mais. É o que se espera, para a Assembleia não enterrar de vez esse colegiado, já ameaçado. Além de Assumção, o também bolsonarista Luca Polese (PL), outro que faz vários discursos contrários aos direitos humanos, é efetivo, junto com Alan Ferreira (Podemos). A suplência também reserva extremos: João Coser (PT), Denninho Silva (União), Pablo Muribeca (Patri), Alcântaro Filho (Republicanos) e Callegari (PL). Em resumo: em todos os casos, previsão de tempo fechado e terremotos.

Derrota
Os ânimos exaltados registrados no plenário nessa quarta, resultado de uma emenda de Fabrício Gandini (Cidadania) para aumentar o valor da bolsa destinada a estudantes do ensino médio, mostrou que a base do governo está 100% coesa, “pero no mucho”. A instabilidade interna deu trabalho: a emenda passou por um voto a mais, contrário à orientação da gestão de Renato Casagrande (PSB), para festa e êxtase da oposição.

Ruídos
A emenda foi apontada como inconstitucional e o debate pegou fogo entre Gandini e o ex-secretário e nome de confiança do governador, Tyago Hoffmann (PSB). Surpresa em relação a Gandini, aliado do governo e com perfil pacífico, que desta vez subiu muito o tom. Tem algo azedo nessa relação. A conferir!

Oposição?
Lá pelas tantas, Denninho Silva (União), com discurso de “jogar pra plateia”, “jogo sujo”, chamou Gandini de oposição. Olha só…

A propósito…
Como dito aqui semanas atrás, o deputado será mesmo presidente da Comissão de Meio Ambiente. O que esperar? Em cima do muro e omisso, como a maioria, ou mexerá, de fato, com as graves questões que envolvem o Estado, as poluidoras e afins? Apostas na mesa…

Difícil
A vice será Janete de Sá (PSB), com Iriny Lopes (PT), Callegari (PL) e Lucas Polese (PL) compondo as demais cadeiras. Ou seja, só Iriny aí no bolo mais ligada à causa. Camila Valadão (Psol), que deveria ser efetiva, está como suplente. Os demais nomes também passam longe de gerar grandes expectativas: Dr. Bruno Resende (União), Tyago Hoffman (PSB), Sergio Meneguelli (Republicanos) e Coronel Weliton (PTB).

Lugar ao sol
Na divisão das comissões, nove dos 16 novatos abocanharam cadeiras de presidente. Quatro delas sempre muito disputadas: Justiça, com Mazinho dos Anjos (PSDB); Finanças, com Tyago Hoffmann (PSB); Agricultura, com Lucas Scaramussa (Podemos); e Saúde, com Dr. Bruno Resende (União).

Lugar ao sol II
As outras foram Cooperativismo, com Allan Ferreira (Podemos); Turismo, com Coronel Weliton (PTB); Ciência e Tecnologia, com Pablo Muribeca (Podemos); Política sobre Drogas, com Denninho Silva (União); e Proteção à Criança e ao Adolescente, com Alcântaro (Republicanos).

Carreira solo
Por outro lado, o veterano Theodorico Ferraço (PP) ficou de fora de todas. Quer dizer, está apenas com uma suplência, em Cooperativismo. Neste caso, tudo indica por opção. Depois da eleição da Mesa Diretora, que o deixou pé da vida, ele pediu para ficar de fora dos dois blocos parlamentares formados na Casa e disse que será independente.

Olha ele!
Já José Esmeraldo (PDT) protestou em ter sido anunciado como suplente da Comissão de Infraestrutura. Disse que se recusa a assumir essa função e atuará somente como membro efetivo, no colegiado de Segurança.

Nas redes
“(…) Com muita satisfação, continuarei como presidenta da Comissão de Cultura e Comunicação Social e vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos, que foi desmembrada de Cidadania, e agora terá como presidenta a deputada Camila Valadão. Também estarei presente nas comissões de Meio Ambiente e de Cooperativismo, como membro titular (…). Iriny Lopes, deputada pelo PT, antecipando o resultado da eleição do colegiado de Direitos Humanos, o único pendente na Assembleia.

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