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Pior que está…

Projeções nacionais indicam “cenário sofrível” para o PT nas eleições. No Estado, o que esperar? Coser engata?

Leonardo Sá

Informação divulgada pelo colunista Lauro Jardim, em O Globo, remete à situação do PT capixaba nas eleições de novembro. Diz assim: “O Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) responsável pelas estratégias do partido nas urnas projeta um cenário sofrível para o pleito deste ano. Embora não admita publicamente, o colegiado acredita que a legenda sofrerá uma derrota do porte de 2016, primeira eleição após o impeachment de Dilma Rousseff, quando perdeu pouco mais da metade das prefeituras que comandava em 2012”. Puxando para o Espírito Santo, o que esperar? A desistência do deputado federal Helder Salomão de concorrer em Cariacica eliminou o palanque do PT considerado favorito este ano. Embora empenhado em emplacar sua ex-secretária de Educação e professora Célia Tavares, o cenário tornou-se outro no município, e, por enquanto, com candidaturas pra “dar e vender”. Cravada a saída de Helder, depois reapareceu, em Vitória, o ex-prefeito João Coser, como um projeto da Nacional, considerando o perfil específico do eleitorado, o que fechou a porta para a atual presidente estadual da legenda, Jackeline Rocha, candidata ao governo em 2018. Coser tem dois mandatos no comando da Capital, mas os termômetros do antipetismo no Estado e da eleição do presidente Jair Bolsonaro em 64 dos 78 municípios capixabas, incluindo Vitória, ainda deixam dúvidas, apesar do caos registrado desde então. A contar os demais nomes da região metropolitana até agora – ex-deputado estadual José Carlos Nunes, em Vila Velha, e Fernanda Maria de Souza, na Serra -, o jogo fica mesmo na Capital, segunda principal vitrine política do Estado, restando saber do desempenho nas câmaras municipais. Em 2016, o PT capixaba fez feio nas urnas, com votações inexpressivas onde disputou, elegendo só o prefeito de Barra de São Francisco, Alencar Marim, que nem integra mais a legenda. Nos legislativos, mesmo drama. Repetir a dose seria, de fato, o fiasco dos fiascos. 

Extremos
Em suas redes sociais, Coser diz que está confiante e destaca o atual momento político de graves ameaças à democracia e aos direitos sociais. Se o quadro não se alterar, irá esbarrar pela frente com outro extremo, chamado deputado estadual Capitão Assumção (Patri), seguidor frenético do presidente Jair Bolsonaro.

Palanque
Na eleição de 2018, o ex-prefeito obteve 37,8 mil votos na disputa à Câmara dos Deputados, mas não se elegeu. Vitória foi sua maior votação, com 7,4 mil. Sua candidatura é apoiada pela cúpula do PT, especialmente o ex-presidente Lula, que atuará como cabo eleitoral este ano. O pleito será, sem dúvida, uma “prova de fogo”.

Congestionado
Além de Assumção, Coser deverá enfrentar o deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania), candidato do prefeito Luciano Rezende; o vice-prefeito Sérgio Sá (PSB), rompido com o prefeito; o deputado Lorenzo Pazolini (Republicanos); os vereadores Mazinho dos Anjos (PSD), Cleber Felix (DEM) e Roberto Martins (Rede); e Coronel Nylton (Novo). O último a aparecer foi Halpher Luiggi (PL), como nome do ex-senador Magno Malta, que também espera renascer das cinzas nestas eleições.

Congestionado II
De todas essas pré-candidaturas, algumas ficarão pelo caminho para fazer composições. Mas, ainda assim, a expectativa é de trem lotado. E com o segundo turno garantido, o que já entra nas contas dos partidos para definir as metas de votação.

Esforço concentrado
Voltando na candidatura de Célia Tavares em Cariacica, além de Helder, ela conta também com gás da deputada Iriny Lopes. Os três, juntos, realizam constantes lives e debates online com segmentos da sociedade civil para erguer a candidatura petista. Já Coser, é de outro “time” interno.

Marca
Helder e Iriny, como se sabe, são críticos aos caminhos conduzidos por Coser, que afastou o partido de suas bases e movimentos sociais, em período marcado por alianças pra lá de questionáveis com o ex-governador Paulo Hartung. Aliás, longo período, que culminou com muitas perdas e a saída do partido do ex-deputado Givaldo Vieira (PCdoB), atual diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Coser, hoje, está fechado com Jackeline Rocha, mantendo-se no comando do PT.

Dianteira
Luciano Rezende (Cidadania) deixou pra trás o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), na concessão de auxílio emergencial a famílias vulneráveis, que mais sofrem com a pandemia: R$ 900 divididos em três parcelas contra apenas R$ 300 de Audifax, que há dias vem se gabando da medida. Bônus eleitorais, porém, devem sobrar pros dois, que terão que fazer sucessores nas disputas deste ano.

Empacado
Nos dois casos, os valores ainda estão distantes da proposta apresentada pelo deputado estadual Vandinho Leite (PSDB) na Assembleia Legislativa, de três parcelas de R$ 500, somando R$ 1,5 mil ao final. O projeto, não à toa, está parado na Casa.

Distância
Em tempos de pandemia, as audiências públicas obrigatórias do Orçamento 2021 serão realizadas pelo governo de forma online. As datas ainda serão divulgadas, mas a população já pode apresentar propostas pelo site www.orcamento.es.gov.br, até o dia 31 deste mês.

PENSAMENTO:
“Deixar de preparar é o mesmo que se preparar para o fracasso”. John Wooden

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