Monjardim sinaliza que processo de cassação do mandato de Vinícius Simões vai correr. Quero só ver o desenrolar…
O retorno dos trabalhos na Câmara de Vitória nesta segunda-feira (24), após uma pausa justificada nas obras realizadas no local, retomou as pautas que sacudiram o mercado político nas últimas semanas. Uma das principais, a convocatória do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) feita a aliados para que o legislativo casse o mandato do vereador Vinícius Simões (Cidadania), seu opositor. Embora tenha alegado que ainda não acessou o documento protocolado na Casa, o corregedor-geral, Leonardo Monjardim (Patri), sinalizou que deixará a representação correr, sem jogar direto para a gaveta, e defendeu a manutenção do trâmite realizado no caso dos dois outros vereadores alvos de procedimentos semelhantes. Vinícius queria que passasse, antes, pela Procuradoria da Câmara, como no pedido de impeachment de Pazolini. O documento foi apresentado por uma figura conhecida do mercado político, o Thor do Império, que já foi preso por assassinato, e também se declara “Thor, o pagodeiro do amor”. Justamente no mesmo dia da prestação de contas de Pazolini, quando a cobrança foi feita, direcionada a Monjardim e ao presidente da Câmara, Leandro Piquet (Republicanos). O corregedor também tentou, nesta segunda, descolar os fatos. “Não é o prefeito que está pedindo a cassação” e “assim fica a impressão que existe ingerência sob esta Casa” foram algumas de suas frases ditas em plenário. O contexto geral levanta as seguintes questões: os aliados vão atender ao pedido de Pazolini no sentido exato ou só o desgaste a Simões já vale? E o tradicional corporativismo que sempre predomina nos legislativos, como ficará agora? No aguardo dos próximos capítulos…
Posição
Ao tratar do impeachment de Pazolini, mais uma vez rejeitado nesta segunda, o vereador Luiz Paulo Amorim (PV) já aproveitou para publicizar: “Voto contra o impeachment e contra o processo de Vinícius Simões. É muito trabalho para pouca denúncia”, disparou, criticando a enxurrada de representações na Câmara.
Para acrescentar…
O impeachment voltou à pauta devido ao recurso apresentado pelo autor do pedido, vereador André Moreira (Psol). Já os outros vereadores alvos de cassação são Armandinho Fontoura (Podemos), que está preso, e Chico Hosken (Podemos), livre do processo após arquivamento.
Para acrescentar II…
Thor do Império é do partido União, comandando na Capital pelo aliado de primeira fileira de Pazolini, deputado estadual Denninho Silva. O autor da representação tentou uma cadeira na Assembleia em 2022, sem êxito. Ele saiu da prisão em 2017, após cumprir pena pelo assassinato do diretor social do Clube Náutico Brasil, José Carlos Preciosa.
Articulação
Por falar em Denninho e Pazolini, o prefeito recebeu apoio público e antecipado de dez lideranças comunitárias. O registro foi feito pelo deputado nas redes sociais, na última sexta-feira (21). Os dois se encontraram com o grupo, junto ainda com o secretário da Central de Serviços, Léo Formigão.
Articulação II
Os bairros de atuação dessas lideranças são: Goiabeiras e Grande Goiabeiras, Bairro República, Antônio Honório, Solon Borges, Parque Residencial Maria Ortiz, Jardim da Penha, Boa Vista e Morada de Camburi.
Articulação III
Na prestação de contas do prefeito na Câmara, muitas lideranças se fizeram presentes, aumentando a claque formada por comissionados. Claque bem barulhenta, vale recordar.
Acertos
O deputado estadual Pablo Muribeca, que já declarou várias vezes disputar a Prefeitura da Serra no próximo ano, tudo indica, deu mais um passo na direção do Republicanos. Ele aparece em foto sorridente nas redes sociais ao lado do presidente estadual do partido, Erick Musso, e do deputado federal Amaro Neto. Hoje, ele está filiado ao Patriotas.
Obrigação
Levantamento divulgado pelo O Globo mostra que, no quesito assiduidade, os deputados da bancada capixaba têm cumprido sua obrigação. Quase todos tiveram entre nenhuma a três faltas no plenário da Câmara. A única exceção é Paulo Foletto, com 13 faltas do total de 58 sessões. As presenças são o mínimo que se espera dos eleitos, não é mesmo?!
Nas redes
“Operação da PF e do MP realizou mandados de busca e apreensão e prisão no Rio de Janeiro. Com a milícia fora do Palácio do Planalto, estamos cada vez mais perto de identificar os mandantes do crime. Quem mandou matar Marielle?”. Camila Valadão, deputada estadual pelo Psol.
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‘Trio ternura’
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