Renzo Vasconcelos pisa no acelerador das movimentações eleitorais em Colatina
A considerar os registros das redes sociais e as declarações públicas antecipadas de que será candidato à Prefeitura de Colatina (noroeste do Estado), o ex-deputado estadual Renzo Vasconcelos (PSD) já pisou no acelerador das movimentações eleitorais e assim deverá seguir até 2024. Ele tem se reunido com lideranças de diferentes partidos, grupos e municípios, além de propagar marcas como “Bora Avançar” e “O Renzo não para”. Já passaram pela mesa, só para citar os mais recentes, o coordenador da bancada capixaba e presidente estadual do PP, Da Vitória; o ex-prefeito de Linhares, Guerino Zanon (PSD); o vice-governador, Ricardo Ferraço (PSDB); o deputado Fabrício Gandini, presidente estadual do Cidadania; e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos). Embora não tenha conseguido entrar na Câmara dos Deputados, Renzo ganhou tamanho e peso político nas eleições de 2022, quando obteve 82,2 mil votos. Não aceitou, depois, assumir uma secretaria no Governo Renato Casagrande (PSB), de quem foi cabo eleitoral, mas já era de se esperar que não desperdiçaria tamanho capital, nem demoraria para efetivar novos planos. Bom para ele e seu grupo político, nem tanto para o atual prefeito, Guerino Balestrassi (PSC), que buscará a reeleição. Os dois personagens já estão em campo, atrás de costuras e apoios. Quer dizer, em Colatina, a mais de um ano do pleito, ninguém tem brincado em serviço!
Alianças
Nessas investidas, duas lideranças principais estão no foco: o governador Renato Casagrande (PSB), aliado tanto de Guerino quanto de Renzo, e o ex-prefeito e deputado estadual mais votado da história da Assembleia, Sergio Meneguelli (Republicanos). Quem fica com quem?
Alianças II
Sobre o primeiro, é cedo para saber se adotará a neutralidade ou subirá em algum dos palanques, caso esses se confirmem para o próximo ano. Já o segundo, o que se diz é que o PSD caminhará junto com o Republicanos, e, para além da questão partidária, Meneguelli apoiará Renzo.
Alianças III
O presidente do PP, com quem Renzo se encontrou nesse final de semana, também tem base em Colatina e é um dos principais atores em articulação para os próximos pleitos no Estado, junto com o atual presidente da Assembleia, Marcelo Santos (Podemos), e o antecessor, Erick Musso (Republicanos). Se Renzo conseguir agregar todas essas forças em torno do seu palanque, Balestrassi poderá enfrentar problemas.
Lembrando…
O atual prefeito não teve vida fácil em 2020. Ele venceu a disputa com 34%, enquanto o adversário, Luciano Merlo (Patri) chegou a 33%. Um dos apoiadores de sua candidatura foi o próprio Renzo, que agora se descola para voo próprio.
Sigla pra chamar de sua
O ex-deputado deixou o PP no ano passado para se acomodar numa chapa à Câmara que o coubesse. Foi para o PSC, mas não conseguiu garantir a vaga. Neste ano, já como efeito de aumento de tamanho eleitoral, assumiu o controle do PSD no Estado, por determinação da Nacional, tirando o poder das mãos de nomes ligados ao ex-governador Paulo Hartung (sem partido).
Passos anteriores
Para quem não se lembra, Renzo foi um dos principais protagonistas do movimento “Casanaro”, que vendeu voto casado em Casagrande e no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para impedir o crescimento de Carlos Manato (PL) no segundo turno. Ele almejava, no governo, a Secretaria de Agricultura, que garante ampla visibilidade, mas recebeu a de Turismo, apagada e de baixo orçamento. Daí o motivo da recusa em integrar a equipe de Casagrande.
Perguntas…
No cenário atual, o pleito em Colatina seria polarizado entre essas duas forças? E Luciano Merlo? E o deputado federal Paulo Foletto? Seguimos de olho!
Ah, tá!
O senador Marcos do Val (Podemos), como se diz por aí, “chorou as pitangas” em plenário devido à operação da Polícia Federal que vasculhou seus endereços após mandado expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Há meses promovendo trapalhada atrás de trapalhada, Do Val protestou que foi “censurado” e teve “sua voz calada e suas prerrogativas totalmente violadas por um suposto crime de opinião”. Até o casamento ele disse que quase perdeu.
Pouca coisa, não!
O senador é investigado por obstruir investigação dos atos golpistas contra os três Poderes e divulgar documentos sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre o 8 de janeiro. As contas das redes sociais de Do Val, espaço onde ele praticava essas ações, foram suspensas.
Nas redes
“Aproveitando a passagem pelo Palácio da Fonte Grande, em Vitória, e me reunindo com o vice-governador Ricardo Ferraço!”. Guerino Balestrassi, nessa terça-feira (20), demarcando também seu território.
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