Em Cachoeiro, mais um capítulo eleitoral: “Direita ‘fake’, perfumada e com sorrisos falsos”, dispara Callegari contra palanque triplo
A disputa no campo da direita em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, segue com registros de embates e reações. Depois das movimentações que envolveram o partido Novo no município, que sinaliza fechar com o palanque do vereador Júnior Corrêa, mas posou para foto com o trio Diego Libardi (Republicanos), Allan Ferreira (Podemos) e Bruno Resende (União), o deputado estadual Callegari, que tem base na cidade, passou por lá para reunião de articulação com o candidato do PL à prefeitura e o vereador Léo Camargo, também correligionário. Saiu cutucando, publicamente, os principais personagens que estão no jogo até agora: “Uma coisa fica clara: Cachoeiro é uma cidade cristã e conservadora. Não aceita mais ser colônia de forasteiros, não será presa da esquerda, e muito menos cairá nas mãos da direita ‘fake’, perfumada e de sorriso falsos. Não! O futuro de Cachoeiro é conservador e passa pelo 22”. Callegari não citou nomes, mas o recado mira no ex-prefeito Carlos Casteglione, o nome do PT na disputa, e no trio formado por Libardi e os também deputados estaduais Allan e Bruno Resende. Quer dizer, de um lado, o termômetro eleitoral só sobe no município, do outro, nada do prefeito Victor Coelho (PSB) marcar sua posição e definir o palanque de sucessão. A prévia do tabuleiro, para todos os efeitos, já promete!
Urnas
Callegari também se reuniu com a ex-vereadora Renata Fiório (PP), que disputou os dois últimos pleitos – Prefeitura de Cachoeiro e Câmara Federal. Em 2020, Juninho foi o mais votado à Câmara e Léo Camargo ficou em terceiro. Entre eles, Allan Ferreira, depois eleito deputado estadual.
Aí tem…
A tal foto do Novo, publicada pelo trio nas redes sociais para movimentar os bastidores, foi ao lado de Aridelmo Teixeira, principal liderança do partido no Estado e atual secretário de Governo do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que também acomodou Libardi na gestão. Deixou perguntas no ar.
Na área
Outro nome que começou a aparecer é do empresário João Machado, ligado ao ex-deputado estadual Marcos Madureira. Mas ele também é do PP, como Renata. Se vai conseguir virar candidato, ao invés do partido fechar aliança, ainda não se sabe. João disputou a Câmara em 2016, sem êxito.
Vitrine
Sobre Victor Coelho, como já analisado aqui mais de uma vez, o que tem prevalecido é uma solução caseira para a sucessão, dentro do próprio secretariado e sem a marca das eleições anteriores. A mais cotada é Lorena Vasques (PSB), que acumula as pastas de Serviços e de Obras, ambas com visibilidade eleitoral. Outra possibilidade defendida seria coligar com o PT, mas, por ora, não parece ser essa a meta.
Tête-à-tête
Os deputados estaduais João Coser (PT) e Tyago Hoffmann (PSB) foram os protagonistas de mais uma reunião entre políticos da base do governador Renato Casagrande (PSB) que tem como pauta a eleição em Vitória. Em publicação nas redes sociais, Coser afirmou: “Concordamos que Vitória precisa voltar a ser protagonista da sua história”.
Tête-à-tête II
A aliança entre os dois partidos era o esperado no início das articulações da disputa municipal, na esteira das movimentações de 2022, mas logo Casagrande e o PSB pularam fora e passaram a defender uma candidatura própria, justamente de Tyago. Ainda há, porém, muita água para rolar debaixo dessa ponte. Veremos!
Ficou pequeno
Uns comemoram e esperam a festa – deputado estadual Pablo Muribeca -, outros atravessam a porta de saída. A delegada Gracimeri Gaviorno, da Serra, deixou o Republicanos. Candidata nas duas últimas eleições, o que circula nas rodas políticas é que o grupo dela foi preterido para dar lugar aos aliados de Muribeca e ao próprio deputado, candidato à prefeitura em 2024.
Ficou pequeno II
Gracimeri divulgou uma nota em que comunica sua saída, mas sem expor os burburinhos internos que ganharam força nos últimos dias. Diz que “nunca se furtou de participar e dar contribuição nos debates envolvendo temas importantes para a Serra” e que a “preocupação com a população e o rumo das políticas públicas serão sempre prioridade, independentemente da legenda à qual estiver vinculada”.
Novo abrigo
A delegada não sinaliza para onde vai, mas demonstra, assim, que tentará erguer mais uma vez o palanque majoritário. Em 2020, na época no PSC, ela não conseguiu avançar e conquistou apenas 1% dos votos. No ano passado, na tentativa de chegar à Assembleia Legislativa, também teve resultado inexpressivo: 2,6 mil.
Nas redes
“Estou começando um novo capítulo! Em breve, marcarei a data para oficializar minha entrada no Republicanos, e nosso presidente Erick Musso já me garantiu uma recepção top! Estou cheio de energia e pronto para mergulhar em novos projetos que vão fazer a diferença. Vamos juntos nessa, porque o futuro promete!”. Pablo Muribeca, deputado estadual.
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