Eleições às câmaras: quatro vereadores marcam posição e, na Serra, reação em bloco
As eleições às câmaras municipais nos principais colégios da Grande Vitória, realizadas nessa quarta-feira (1), consolidaram os cenários já desenhados no mercado político, sem grandes novidades. Em Vitória, Anderson Goggi (PP) é o novo presidente; em Vila Velha, Osvaldo Maturano (PRD); e em Cariacica e na Serra, ficam mantidos no comando do legislativo, Lelo Couto (MDB) e Saulinho da Academia (PDT), respectivamente. Em meio ao clima de consenso e alianças com os prefeitos eleitos, porém, quatro vereadores, todos novatos, marcaram posição. Ana Paula Rocha (Psol) se absteve de aderir à chapa de Goggi; Rafael Primo (PT) e Pastor Fabiano (PL) votaram contra Maturano; e Açucena (PT) não elegeu Lelo Couto. Em comum entre eles, também, o fato de assumirem as cadeiras no campo de oposição. A Serra foi a única cidade que reservou alguma mudança nas articulações, com a inscrição de duas chapas com nomes da base do prefeito, Weverson Meireles (PDT). O concorrente de Saulinho foi Henrique Lima (Podemos), que levou junto com ele outros cinco vereadores, imprimindo uma divisão no plenário. Após os desfechos, a pergunta que não quer calar: os movimentos já são uma prévia das atuações dos vereadores ou apenas um posicionamento pontual? Veremos o que vem por aí…
Dupla
Na Capital, também fazem parte da oposição ao prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), Karla Coser e Professor Jocelino, ambos do PT. A dupla aderiu à chapa de Goggi, que há meses já era cotado ao cargo. O PP, partido do novo presidente, é o principal aliado de Pazolini.
Mão pesada
Em Vila Velha, o tabuleiro inicial dava conta de mais quatro candidatos da base de Arnaldinho Borgo (Podemos) – Ivan Carlini, Rogério Cardoso e Joel Rangel, todos do Podemos, e Patrícia Crizanto (PSB) -, no entanto, bastou o prefeito colocar a mão na disputa e cravar apoio a Maturano, que as demais articulações foram dissipadas.
PT-PL
O presidente eleito da Câmara conseguiu agregar até nomes da oposição, formada no município pelo PT e PL. No primeiro caso, Rafel Primo se manteve fora da negociação. Já o PL se dividiu: Pastor Fabiano votou contra, e Devacir Rabello e Patrick da Guarda apoiaram a chapa.
Quase tudo dominado
Em Cariacica, as movimentações foram mornas, consagrando a manutenção no cargo do aliado e correligionário de Euclério Sampaio. O prefeito seguirá com domínio total do legislativo, esbarrando somente em Açucena, a primeira vereadora do PT eleita na cidade.
Teve reação
Na Serra, o presidente reeleito, Saulinho da Academia, já era considerado certo, pelo apoio de Weverson, que também tem maioria no plenário. A inscrição de uma nova chapa foi incapaz de ameaçar o bloco principal. O placar acabou em 16 x 5, com mais uma abstenção, de George Guanabara (Podemos).
Em campo
O grupo que divergiu, liderado por Henrique Lima, contou com o ex-presidente Rodrigo Caldeira (Republicanos), que tinha a intenção de se candidatar como cabeça de chapa, mas perdeu força após a derrota de Pablo Muribeca (Republicanos) à prefeitura. O vereador, que já foi aliado do PDT, se candidatou como segundo secretário.
Lado oposto
Os outros nomes eram Professor Rurdiney (PSB), Jefinho do Balneário (Podemos) e Agente Dias (Republicanos). O PSB, do governador Renato Casagrande, e o Podemos, vale lembrar, fizeram parte da coligação de Weverson Meireles.
Lado oposto II
Essa possibilidade de disputa entre duas chapas chegou a aparecer em meio ao processo, mas os comentários a seguir indicavam que o movimento havia sido eliminado. A divisão era atribuída a insatisfações em relação à gestão de Saulinho. A conferir!
Nas redes
“Coerência! Para entender como eu caminho, por onde eu caminho, e com quem eu caminho. Tenho compromisso bem estabelecido, tenho lado, tenho orgulho do meu lado, defendo minhas ideias com paixão, com valentia, mas com a ternura necessária para conquistar mentes e corações. Caminhar comigo é uma viagem de coerência!”. Rafael Primo, vereador de Vila Velha pelo PT.
