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Revés partidário

Podemos apostou todas as fichas em Estéfane, mas não saiu nem Prefeitura, nem Câmara

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O Podemos, comandado no Estado pelo deputado federal Gilson Daniel, fez 19 vereadores na região metropolitana nas eleições deste ano, liderando o ranking. A expressiva marca, porém, contrasta com o cenário em Vitória, apesar de dois eleitos. É que a principal aposta da legenda, a vice-prefeita Capitã Estéfane, não ficou nem perto de entrar na Câmara Municipal, com apenas 1,2 mil votos, marca inesperada diante de tanta visibilidade, investimentos e holofotes promovidos durante a campanha. Estéfane foi lançada como pré-candidata à Prefeitura pelo Podemos e recuou apenas aos 45 minutos do segundo tempo. Deu tempo, portanto, de ser incensada por Gilson Daniel e pela presidente nacional do partido, Renata Abreu, de se manter na imprensa, abordar suas bandeiras, falar de violência política de gênero e demarcar território. Com o fracasso das investidas no campo majoritário, ao “descer” para a Câmara, era apontada como a favorita junto com o vereador André Brandino, uma “comissão de frente” que abriu a expectativa de fazer três cadeiras na Casa. Resultado: ele foi reeleito, com 3,5 mil votos, e quem entrou na segunda vaga foi Baiano do Salão, com 2,1 mil. À vice-prefeita, rompida com Lorenzo Pazolini (Republicanos), restou a quarta suplência. Algo, definitivamente, deu muito errado nesse projeto partidário…

Cofre cheio

Outro ponto chama atenção. Na reta final da campanha, tratei aqui na coluna da divisão do dinheiro do Podemos, e Estéfane já liderava as doações declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com R$ 50 mil pagos pela Nacional. Esse valor aumentou, com a parte da Estadual, de R$ 105,5 mil. Na soma, ela ficou pouco abaixo do limite de R$ 194,4 mil.

Duas derrotas

Capitã Estéfane, vale reiterar, já foi testada nas urnas depois de 2020, nas eleições à Câmara Federal. Na época filiada ao Patriota, alcançou votação também aquém do que exige o cargo, com pouco mais de R$ 10 mil, e reclamou, na época, da falta do apoio prometido pelo partido. Não foi, nem, de longe, o caso deste ano.

Cresceu

André Brandino, que liderou a chapa, até agora consta apenas com recursos próprios, no valor de R$ 17,4 mil. Em comparação a 2020, ele aumentou seu alcance de votos em mais de 50%.

Sem êxito

O outro vereador do Podemos, Chico Hosken, que assumiu como suplente no lugar de Armandinho Fontoura (PL), ficou na terceira suplência desta vez. Atingiu 1,74 mil votos e ficou atrás de Sebastião Luiz (1,9 mil) e Mazinho Galvão (1,76 mil).

Fatias pequenas

Hosken só recebeu R$ 10 mil da Executiva Estadual, que foi o mesmo valor destinado pela Nacional para a maioria dos 22 candidatos. Sebastião Luiz ficou com bolo igual, assim como Mazinho Galvão.

Que coisa…

Quem também aparecia nas cotações do mercado e “patinou” foi o ex-vereador e ex-vice-prefeito Waguinho Ito, da gestão de Luciano Rezende (Cidadania). Ficou muito atrás na chapa, com somente 433 votos.

Espaços consolidados

Tirando os percalços em Vitória, que acabaram também sem apoio a nenhum palanque majoritário, o Podemos sai grande do pleito. Reelegeu, com votações altíssimas, seus dois prefeitos da região metropolitana, Wanderson Bueno, de Viana, com 92,5%, e Arnaldinho Borgo, de Vila Velha, com 79%, e fez mais um nome: Eleazar Lopes, em Fundão.

Espaços consolidados II

Em todo o Estado, chegou com mais oito candidatos às prefeituras: Ibiraçu, com Dudu Zanotti; Iúna, com Romário; Linhares, com Lucas Scaramussa; Marataízes, com Toninho Bitencourt; Montanha, com Iracy Baltar; Rio Bananal, com Bruno Pella; Rio Novo do Sul, com Nei Castelari; e São Mateus, com Marcus da Cozivip. A conta de vice-prefeitos bateu 12, e de vereadores, 125!

Nas redes

“Agradeço de coração aos 1.292 votos de confiança que recebi nessa caminhada. Embora o resultado não tenha sido o esperado, esses votos mostraram a força que temos e o apoio de uma comunidade que acredita no nosso projeto (…) O futuro ainda nos reserva muitas conquistas (…)”. Capitã Estéfane, após o resultado das urnas.

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