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Saída antecipada

Bolsonarista e apoiador dos atos de 7 de Setembro, deputado Da Vitória pode ser expulso do Cidadania

Leonardo Sá

Partidos do campo de oposição ao presidente Jair Bolsonaro e que rejeitam as ameaças golpistas e bandeiras dos atos de 7 de Setembro, como os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), reagem ao apoio de seus filiados aos protestos, com ameaças de expulsão. Um dos casos envolve o Cidadania e o deputado federal Da Vitória, que, como citado aqui na semana passada, na coluna “Realidade Paralela”, publicou foto da Terceira Ponte lotada de manifestantes pró-Bolsonaro nas redes sociais, dizendo: “7 de setembro marcado por atos de patriotismo no Espírito Santo e em todo o Brasil. Os capixabas mostraram seu amor e união pelo País”. O presidente da Nacional do partido, Roberto Freire, assim como correligionários, não engoliu a postura do parlamentar capixaba e ressaltou ao Congresso em Foco: “Está no partido errado. Estamos discutindo o desenlace com mútuo respeito”. A resposta veio na sequência de uma lista publicada pelo site com 60 parlamentares que declararam apoio às manifestações. Para além de defender pautas em que Bolsonaro incorreu em crime de responsabilidade e contrariar a própria legenda, o lado escolhido por Da Vitória se agrava pela confirmação da pré-candidatura do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) à Presidência da República, como oposição a Bolsonaro. Dentro desse projeto, a legenda também aderiu aos atos desse domingo (12) puxados pelos movimentos de direita e ex-aliados do presidente, o MBL e Vem pra Rua. O descaso partidário do deputado Da Vitória deve antecipar uma movimentação feita por ele há meses, de saída do Cidadania, antes programada para a janela do início de 2022. Resta saber como será o “desenlace” anunciado por Freire e os efeitos no Espírito Santo.

Circulando
Da Vitória, que coordena a bancada capixaba, passou anos no PDT e se filiou ao Cidadania em 2018. Há meses, ele está mais do que em campo para 2022. Chegou a ser cotado para o Senado, que promete ser uma disputa acirrada, mas também permanece no páreo para a reeleição. Ele conversa com várias legendas para trocar de abrigo.

Contramão
Na lista do Congresso em Foco, está ainda outro deputado com postura analisada aqui outro dia: Neucimar Fraga, em movimento oposto ao da Nacional do PSD e do presidente Gilberto Kassab, que instituiu uma comissão interna pelo impeachment. Medidas mais duras em relação aos filiados, porém, ainda não surgiram no radar.

Tudo em casa
Os demais deputados federais citados no levantamento já são os bolsonaristas tradicionais mesmo: Soraya Manato (PSL), Lauriete (PSC) e Evair de Melo (PP).

Tudo em casa II
Já do Senado, quem aparece na lista é Marcos do Val (Podemos), que sempre participa dos atos pró-bolsonaro no Estado. No dia 7, como de costume, postou vídeo e exaltou os apoiadores. Seu partido não aderiu ao movimento pelo impeachment que ganhou força nos últimos dias.

Só ‘maravilhas’
A propósito, na falta de sessões ordinárias na Assembleia na semana passada, em decorrência do feriadão, seus deputados-seguidores resolveram exaltar os atos de 7 de setembro nesta segunda-feira, em plenário. Foi uma sequência: Danilo Bahiense (sem partido), Carlos Von (Avante) e Torino Marques (PSL).

Só ‘maravilhas’ II
As duras reações dos poderes do Judiciário e da classe política após os protestos, que geraram a carta-recuo de Bolsonaro, elaborada pelo ex-presidente Michel Temer, com insatisfações na base e redes sociais, sequer foi citada, como era de se esperar.

Sem piscar
O pleito dos rodoviários em defender os postos de trabalho dos cobradores de ônibus é justo e uma pauta que se arrasta. Mas, em tempos de articulações eleitorais, também ganham contornos políticos. O presidente da Assembleia, Erick Musso (Republicanos), e o ex-deputado federal Carlos Manato (sem partido), que acenam para o Palácio Anchieta, não têm piscado os olhos em temas que desgastam a gestão estadual. No protesto da categoria de sexta-feira (10), não foi diferente.

Sem piscar II
Erick, que se reuniu com representantes do Sindirodoviários no mesmo dia, levou o tema às redes sociais, com críticas como “falta de diálogo franco por parte do governo”, “indiferença com as preocupações da categoria” e “situação indigna e desrespeitosa com os capixabas”. Manato foi em sentido semelhante: “a culpa é do governo do Estado”, “falta de palavra do governador” e “não cumpre o que promete”.

Quais diretores?
Nesta segunda, novo discurso de Erick em plenário, mirando agora o sistema prisional. Começou falando de superlotação e passou para denúncias de apadrinhamento político em cargos de direção de unidades, por pessoas derrotadas no pleito de 2020, e de demissões de profissionais com muitos anos de atuação na Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Mais uma vez, sem “dar nomes aos bois”.

Nas redes
“A Comunicação perde grande expoente. Bete Rodrigues, jornalista e publicitária, marcou história no Marketing Político, tendo sido uma das precursoras no ES, com trabalho decisivo em muitas campanhas. Visionária, competente e humana. Meus sentimentos aos filhos e a toda a família!”. Diretor-geral do Detran-ES, Givaldo Vieira, do PSB.

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Realidade paralela

Enquanto o PSD reage a Bolsonaro e cria comissão pelo impeachment, Neucimar exalta protestos, enrolado na bandeira do Brasil. E tem mais…


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/realidade-paralela

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