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Sinuca de bico

Diante da repercussão pra lá de negativa da aprovação pela Assembleia Legislativa do projeto do procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, que cria 307 cargos comissionados no Ministério Público Estado e concede o 13º do auxílio-alimentação dos servidores, a bancada do PSL na Casa entrou em campo nesta quinta-feira (18) para reforçar seu voto e evitar arranhões à imagem. Como o placar de votações não costuma chegar à população, os deputados Capitão Assumção, Danilo Bahiense e Torino Marques espalharam texto pontuando críticas à medida. Enquanto uns (poucos) podem fugir da bomba-relógio, outros estão com ela no colo. Leia-se o governador Renato Casagrande e sua equipe, que têm 15 dias para decidir sobre a sanção do projeto, sob risco de o governo virar alvo de forte tiroteio, como já sinalizam os termômetros dos bastidores políticos e das redes sociais. Para um lado ou para o outro, o cenário poderá acarretar em perdas para o governador. E é exatamente pra ele que se voltam todos os olhares agora, com uma certeza logo de saída: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!”.

Sinuca de bico II

No panorama de poder do Estado, os articuladores das aprovações dos projetos ocupam posições estratégicas. Eder à frente do MPES, que tem entre as atribuições denunciar os políticos e gestores, e Musso da Assembleia, que, caso queira, inviabiliza a gestão estadual, com o controle da maioria do plenário.

Por fora

A votação da bancada do PSL e a manifestação dos deputados nesta quinta são outros indicativos de que a bancada está unida, mas sobra um. O coronel Alexandre Quintino tem marcado posições diferentes de Assumção, Bahiense e Torino Marques, principalmente em relação aos movimentos de oposição ao governo.

Cinco, apenas

Nunca é demais lembrar que, além dos três deputados do PSL, votaram contra os projetos Sergio Majeski (PSB) e Iriny Lopes (PT) – de 30 ao todo. Mas quem se destacou, no momento da votação, foi Majeski, com discursos que jogaram por terra o belo argumento de “economia” de Eder Pontes. Mais fácil o nome dele ecoar para a população do que dos demais.

Tudo em casa

Voltando ao governador, ele foi o palestrante de evento realizado pela Federação das Indústrias do Estado (Findes) na tarde desta quinta-feira (18). Falou de temas como a reforma da Previdência, a qual defende, do projeto também aprovado pela Assembleia que autoriza o governo a captar R$ 1 bilhão para recuperação de rodovias, e do Fundo Soberano.

Marketing

Já Erick repercutiu em suas redes sociais a abertura da série de vídeos institucionais citadas aqui na coluna. A campanha Assembleia+, segundo ele, mostrará o legislativo “de verdade, aquele que não está diariamente nas páginas dos jornais, mas que existe, prestando serviços aos cidadãos, com transparência, inovação e economia do dinheiro público”. Numa hora dessas, nada mais conveniente. Convence?

Território

A propósito, esses dias de recesso parlamentar prometem para os deputados, que aproveitam para intensificar as movimentações eleitorais e o contato com as bases. 2020 é logo ali!

Projetos pessoais

O deputado federal Helder Salomão disputará a presidência do PT no Estado, cargo ocupado hoje por João Coser. A candidatura foi anunciada pelo movimento “Pra voltar a sonhar”, destacando o cenário de retrocessos e a necessidade de fortalecimento do partido e de reconectá-lo aos movimentos sociais. Coser fez caminho inverso, ao submeter a legenda durantes anos aos interesses do ex-governador Paulo Hartung, aproveitando-se muito bem disso.

Projetos pessoais II

O movimento que agora lança Helder é o mesmo da candidatura passada do ex-deputado federal Givaldo Vieira – hoje PCdoB – em disputa que acabou mal em 2017. Givaldo recorreu na época à Nacional apontando suspeição e irregularidades no processo que deu a vitória a Coser, acusado de cooptar delegados com poder de voto. Apesar dos indícios, porém, ficou por isso mesmo, e a saída de Givaldo do PT foi questão de tempo.

PENSAMENTO:

“O público é muitíssimo tolerante. Ele perdoa tudo, menos o gênio”. Oscar Wilde

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