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Sinucas de bico

Aliados, oposição, servidores…todos os olhos estão voltados para Renato Casagrande

Leonardo Sá

O governador Renato Casagrande (PSB) tem duas decisões importantes e urgentes para tomar nos próximos dias, com impactos, tudo indica, inevitáveis. Uma referente ao projeto que criminaliza as ocupações no Espírito Santo e retira direitos de família do campo e das cidades, aprovado na Assembleia Legislativa por maioria esmagadora, reunindo no mesmo objetivo a base aliada e a oposição ferrenha, formada por parlamentares bolsonaristas e de direita. A deputada Camila Valadão (Psol), um dos três únicos votos contrários (junto com Iriny Lopes e João Coser, do PT), já antecipou que, caso Casagrande não vete a proposta, o Psol entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). Do outro lado, a pressão é para que a medida, absurda por sinal, seja sancionada na íntegra. O deputado Callegari (PL) fez discurso um dia após a aprovação, em que cobrou do governador que prove que “é amigo da classe produtiva” e convocou os deputados a derrubarem “o veto ideológico”, se houver, e “não se acovardar”. A posição do governador envolverá, para além disso, os movimentos sociais, com quem já acumula enorme débito. Na outra área, dos servidores, o cenário também coloca o governo no alvo e gera alta expectativa e tensão. Casagrande sinalizou que anunciará o índice de reajuste anual na próxima quarta-feira (1º), Dia do Trabalhador, mas ainda não atendeu à demanda do sindicato representativo, o Sindipúblicos, de sentar-se antes à mesa de negociação. Mobilizado desde março, o funcionalismo público cobra 14,38%, referentes às perdas salariais de 2020 a 2023. No ano passado, a questão foi fechada em apenas 5%, motivo de insatisfação. Se vier com o mesmo pacote agora, já viu…reação em cadeia!

Marca
Com um detalhe a mais: a jogada do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), em ano de eleição, acabou criando uma marca para a negociação dos reajustes em âmbito estadual e municipais. Ele foi o primeiro a anunciar o índice deste ano e já cravou 10%. Só a Capital pode? Foi a pergunta que passou a predominar…

Na mesma
Em municípios como Vila Velha, Cariacica e Serra, esse questionamento e comparativo foram ignorados. Também candidatos à reeleição, os prefeitos Arnaldinho Borgo (Podemos) e Euclério Sampaio (MDB) concederam 5%. O mesmo fez Sergio Vidigal (PDT) na Serra, que tenta emplacar seu sucessor, Weverson Meireles (PDT).

E Casagrande…
…também vai conceder menos que o adversário político, que já está de olho em 2026? Veremos em breve!

‘Batata quente’
Voltando à criminalização das ocupações, o vereador de Vitória André Moreira (Psol) destacou na Câmara: “Mas o que eles [deputados de direita] não esperavam, é que ao aprovar o projeto, os interesses e benefícios da empresa Suzano, antiga Fibria e Aracruz Celulose, conhecida por invadir terras quilombolas, crime pelo qual foi condenada, também seriam comprometidos. Criaram uma batata quente para seus aliados”.

Endereço certo
No mesmo tom das deputadas Camila Valadão e Iriny Lopes, ele reiterou que o objetivo da proposta sempre foi claro: atingir o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de Moradia, este último, aliás, presente à votação, que foi um festival de acusações e baixarias.

Palanques
Presidente do Republicanos no Estado, Erick Musso tem divulgado os prefeitos candidatos à reeleição este ano. Os mais recentes, João Paulo Nali, em Castelo; Gedson Paulino, em Iconha; Peter Costa, em Mimoso do Sul; e Micula, em João Neiva.

Palanques II
A legenda também tem o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, principal vitrine política das eleições municipais; e o de Linhares, Bruno Marianelli, ligado ao antecessor, Guerino Zanon, que vai enfrentar o deputado estadual Lucas Scaramussa (Podemos).

Palanques III
O Psol de Vila Velha fez o mesmo nesta semana em relação aos seus candidatos à Câmara de Vereadores. Entres os nomes, a professora Mônica Alves, que já disputou a prefeitura, Aldinéia Mello e Allan Lozer (tem mais? Email para a coluna!) Na majoritária, o partido vai de Nicolas Trencho.

Nas redes
“Um dia inteiro em Santo Antônio e Região 2 da cidade de Vitória! Conversei com a população de diferentes bairros e escutei as proposições que os moradores apontam como ações prioritárias pra a melhoria de suas ruas e comunidades. Também estive com os padres Florio e Marcos, na Basílica (…)”. João Coser, deputado e candidato a prefeito pelo PT, gastando sola de sapato eleitoral.

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