Sábado, 27 Abril 2024

Tática de guerra

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Sem aval do senador Magno Malta, presidente estadual do PL, para disputar a Prefeitura de Vila Velha, e agora sem mandato de vereador, após processo de cassação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por fraude na cota de gênero, Devacir Rabello usa as redes sociais para se defender – ele fechou o gabinete nessa quarta-feira (21) - e já vender seu peixe para as eleições deste ano: "vou ser o mais votado à Câmara!". Ele garante que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão, que aponta como resultado de "manobras escusas" e "tapetão", e avisa: "perdemos apenas uma batalha, não a guerra", sem deixar de repetir, também, o mantra bolsonarista da "luta do bem contra o mal" e das "forças políticas macabras de esquerda e do PT". Para o projeto eleitoral, ele aposta na sua votação à Câmara Federal em 2022, quando somou 22,3 mil, sendo 17 mil somente no município, e o jargão que sempre lança aos quatro cantos: "sou o único vereador 100% bolsonarista de Vila Velha". O teste deste ano, porém, reserva diferenças relevantes. Devacir não tem mais a Câmara como vitrine e, embora a ação tenha sido contra o Democracia Cristã (DC), partido pelo qual foi eleito em 2020, precisa reverter a cassação em seu favor perante o eleitorado. A nova estratégia ele já coloca em execução, resta saber o que ainda vai rolar até outubro. Que comecem os jogos!

Reserva
Sobre a prefeitura, como já analisado aqui, Devacir pediu publicamente a Magno para entregar a ele essa missão, e segue afirmando o interesse em erguer o palanque, mas até agora, nada! O vereador ficou com umas fichas de apostas a mais depois da prisão do empresário Thiago Oliveira, que seria o Plano A, mas aí, veio coronel Alexandre Ramalho...

Trinca
A saída do ex-secretário de Estado de Segurança do Podemos aumentou a sinalização de que ele deve, mesmo, disputar em Vila Velha, e o que circula, de imediato, é que será pelo Republicanos, ao lado do PL e do PP. A meta do grupo é derrotar o prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos) e, por tabela, o governador Renato Casagrande (PSB).

Trinca II
Esse projeto tem alcance até 2026, quando estará em questão a sucessão de Casagrande. Nomes que estão no páreo agora integram a lista de possíveis concorrentes e, a depender do resultado do pleito, ganharão musculatura para chegar lá em condições favoráveis. Arnaldinho está nesse bolo.

Retorno
Joel Rangel, também cassado, em processos no TSE contra o PTB, seu partido até hoje, tem se dedicado, da mesma maneira, a explicar o caso e se defender nas redes sociais. Ele se reuniu nesta quinta-feira (22) com lideranças do PP e voltará às urnas em outubro, para tentar recuperar a cadeira na Câmara.

De olho...
Entre os autores das ações no TSE, dois candidatos que não lograram êxito nas urnas: o ex-vereador Heliosandro Mattos (PDT) e Fábio Barcellos (PP). Quem vai assumir as cadeiras, porém, ainda é uma incógnita. É que, com a anulação dos votos das legendas, será feito um novo cálculo de vagas pela Justiça Eleitoral. O mercado e os envolvidos aguardam, ansiosamente.

Milagre
Os três senadores do Estado votaram juntos no projeto que proíbe a saidinha de presos. Quem diria, hein?! As posições de Magno Malta (PL) e Marcos do Val (Podemos) eram óbvias, agora Fabiano Contarato (PT)...o projeto foi relatado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e teve emenda aprovada de Sergio Moro (União-PR).

Abacaxi
O líder do PT no Senado publicou vídeo em que justifica: "a legislação brasileira tem uma progressão de pena significativa, então não concordo com mais esse benefício". Tema de apelo popular, o placar foi massacrante: 62 x 2. O abacaxi agora volta para Câmara dos Deputados e, depois, cairá no colo do presidente Lula.

Pressão cá, pressão lá
Depois de passar um longo período como alvo principal dos bolsonaristas do Estado, o que acabou tornando sua permanência no cargo de secretário estadual de Saúde insustentável para Casagrande, Nésio Fernandes vive um "déja-vu" na esfera federal. Ele foi exonerado nessa quarta pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em meio a insatisfações e cobranças de parlamentares do Centrão.

Pressão cá, pressão lá II
Nésio ocupava o cargo de secretário de Atenção Primária à Saúde e foi motivo de requerimento do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AP), e líder partidários sobre os critérios para distribuição de verbas da área e emendas não pagas. Outra polêmica foi a apresentação da "dança batcu" em evento da pasta, que serviu de munição para a oposição. E agora, de volta ao governo do Estado? A conferir!

Nas redes
"Estive com o governador Renato Casagrande para falar sobre os investimentos do Governo do Estado na Serra. O trabalho não para! Vamos continuar com essa parceria para levar mais qualidade de vida para os moradores da nossa cidade". Prefeito Sergio Vidigal, do PDT, cotado como candidato à reeleição.

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Plano desfeito

Bomba que estourou no PL coloca Devacir Rabello no centro do tabuleiro em Vila Velha. Agora vai?
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