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​Capitã Estéfane recua e vai disputar Câmara de Vereadores

Podemos decidiu caminhar de forma independente na Capital, sem apoio na eleição majoritária

Como sinalizado pelos bastidores políticos nos últimos dias, a vice-prefeita de Vitória, Capitã Estéfane (Podemos), recuou da pré-candidatura majoritária e vai disputar a Câmara de Vereadores. Ela diz que a decisão foi tomada juntamente com o presidente estadual do partido, deputado federal Gilson Daniel, e que sua principal pauta “será a defesa das mulheres”. 

“Infelizmente não foi possível a construção com outros partidos para uma candidatura majoritária, o que inviabilizou uma possibilidade de concorrer a prefeita. Sinto que como vereadora poderei defender os interesses de todos os cidadãos de Vitória”, afirma. Ela assumirá a presidência estadual do Podemos Mulher.

Gilson Daniel aponta que, com a decisão, o Podemos caminhará de forma independente na Capital. “Tentamos de todas as formas atrair partidos para caminhar conosco em uma disputa majoritária. Infelizmente, não foi possível”, reforçou, e acrescentou: “Por isso, decidimos concorrer com a nossa chapa de vereadores, que está bem estruturada e elegerá de três a quatro candidatos”.

A desistência já era esperada, apesar das negativas de Estéfane, uma vez que ela ficou isolada nas movimentações na Capital, além de aparecer com baixo desempenho nas pesquisas divulgadas até agora. Ao mesmo tempo, fica descartada de vez a possibilidade de a capitã se tornar vice na chapa com João Coser (PT), como desejava o petista.

A decisão de disputar a Câmara contraria declarações feitas pela própria vice, repetidas vezes, de que não entraria na eleição proporcional, considerando que a chapa do Podemos está fechada há meses. Hoje, o partido tem dois vereadores, Chico Hosken e André Brandino.

Capitã Estéfane tem ganhado visibilidade diante das denúncias de violência política de gênero, que sofre por parte do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). Uma delas foi em novembro de 2022, quando o gestor impediu a vice-prefeita de falar em um evento da gestão municipal. Na ocasião, ele tirou o microfone das mãos dela, impedindo-a de se pronunciar durante uma ordem de serviço, em Jardim Camburi.

A vice-prefeita já havia denunciado uma situação semelhante, também protagonizada por Pazolini, durante a entrega de viaturas da Guarda Municipal, na Praça Costa Pereira, no Centro. Mais recentemente, ela também denunciou violência política de gênero por parte do vereador Leonardo Monjardim (Novo), aliado do prefeito, que não deu a ela direito de fala durante uma sessão solene realizada na Câmara.
Para Gilson Daniel, presidente estadual do Podemos, a decisão de Estéfane é para se comemorar. “Precisamos de mulheres ocupando espaços de destaque. Tenho certeza que como futura vereadora e presidente do Podemos Mulher aqui no Estado, a Capitã trará muitas contribuições para a política. Da minha parte, ela sempre terá meu incentivo, amizade e apoio para todas as suas caminhadas”, destaca.

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