O deputado Josias Da Vitória (PDT) falou na tribuna da Assembleia na tarde desta terça-feira (28) sobre a reunião do partido, na manhã dessa segunda-feira (27), que reafirmou sua escolha como líder da sigla na Assembleia. Em um tom aparentemente apaziguador, o parlamentar elogiou o presidente do partido, Sérgio Vidigal e disse que vai separar sua atuação como líder do PDT de seu posicionamento pessoal na Casa.
Na reunião do partido, a Executiva ratificou Da Vitória na liderança do PDT da Assembleia e decidiu que o PDT fica na base do governo. O deputado afirmou que liderança do PDT na Assembleia será feita de forma responsável e “não há que se misturar a minha posição particular como deputado estadual com a de líder do partido nesta casa são posições distintas e totalmente dissociáveis”, disse.
O deputado afirmou que suas posições particulares sobre a votação de projetos e outras propostas, como no caso do projeto da polícia militar, que se referem à sua base, vão continuar seguindo a orientação de seus eleitores. “Não é uma questão de ser contra ou favor do governo, é uma questão de ser a favor do cidadão capixaba e dos 40 mil eleitores que represento neste Poder”, disse Da Vitória se referindo aos votos que recebeu nas eleições de 2014.
O pedetista afirmou ainda que as decisões serão tomadas em conjunto na bancada. Como ele e Euclério Sampaio têm atuado de forma mais independente que Rodrigo Coelho, que tem menos tempo de partido, como fez questão de ressalvar Da Vitória no discurso, o posicionamento dos dois deve prevalecer no Plenário sobre o do colega.
Mas o pedetista reafirmou sua lealdade em relação ao PDT, o que pode significar uma postura mais amena de críticas ao governo do Estado. Da Vitória e Euclério Sampaio assumiram uma postura mais independente do Palácio Anchieta desde a crise da segurança, quando o governador tentou deslegitimar o movimento da Assembleia na busca de um acordo com as mulheres dos policiais militares. Uma ação que, para os meios políticos, foi endereçada ao deputado Josias Da Vitória e à senadora Rose de Freitas.
Uma parte do partido defendia a saída do PDT da base, mas Vidigal entendeu que não era o momento de deixar o governo.
