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Economia doméstica

 

Atenção com a qualidade das despesas, pois não é somente com o foco no aumento da receita que adquirimos maior capacidade para a reversão do endividamento ou para formarmos reserva, mas também ao que sai do bolso.
 
O planejamento, a pesquisa de mercado, a negociação e as escolhas são “moedas fortes” que devem estar presentes diariamente no comportamento de consumo de todos nós. Se vamos ao supermercado, primeiramente temos que fazer uma lista contendo o que está faltando ou escasso em nossa despensa. Para elaborar essa lista devemos estipular itens para todas as refeições, e se possível, um cardápio para a semana. Para sabermos onde e quando faremos essas compras, devemos aplicar a pesquisa de mercado, comparando os preços praticados nos supermercados dos itens constantes na lista. Escolhido o supermercado com melhores preços, ainda podemos economizar ao escolhermos o dia da semana para as compras. Entre segundas e quartas feiras ocorrem as principais “promoções”, com maior impacto no custo da lista de compras, a exemplo do açougue e da feira. Fruto da propaganda e da concorrência. Além disso, na hora das compras, temos que prestar atenção às datas de validade dos produtos para não perdermos.
 
Como está a sua despensa hoje? Cheia? E a sua conta bancária? Negativa? Isso é incoerente. Não há necessidade de manter estoque de alimentos, principalmente se estiver em situação de dificuldade ou descontrole financeiro. O saldo positivo da sua despensa tem influência também para a sua conta negativa no banco.
 
Se for a padaria, restrinja-se a comprar pães. Parece óbvio, mas na urgência ou pela praticidade, compramos outros itens na padaria mesmo, e lá os embutidos e os laticínios costumam custar entre 30 e 40% mais caros do que no supermercado.
 
Se for dia de feira, destine tempo para as escolhas. É no tato, no olfato e com a visão que devemos escolher cada tomate, cada cebola, pois se escolhermos errado, no dia seguinte virará lixo e com ele o desperdício de dinheiro.
 
Outras despesas comuns podem ficar mais “baratas” se pagarmos à vista e pedirmos sempre desconto.
 
Já pensou que a todo minuto estamos gastando? Se falamos ao celular, pagamos por minuto, se estamos no computador, pagamos pela internet, se estamos em casa, no trabalho ou mesmo na rua, estamos consumindo energia elétrica e pagamos por ela. Se nos deslocamos, pagamos combustível, passagem ou mesmo a “sola de sapato”. Mas para cada e toda despesa podemos controlar, usar a criatividade e assim economizarmos para consumirmos adiante. Se vamos lavar roupa… já pensou que a última lavagem, aquela com amaciante, que pode servir para lavar a área de serviço? Já pensou que as frutas, legumes, verduras, pães que estão “no ponto” podem ser transformadas em polpas, torradas, molhos… Isso contribui inclusive para diminuirmos a nossa “conta” na produção de lixo para o planeta, além de otimizarmos recursos. Já pensou que no verão o calor faz com que utilizemos mais os ventiladores e aparelhos de ar condicionado, em contrapartida, os chuveiros “pedem” para ser desligados. Um compensa o outro na conta de luz.
 
Tanto quanto ganhar, a hora de consumir e gastar exige disciplina, negociação, paciência e arte, lembrando que o dinheiro não aceita desaforos.
 
O mercado tem que brigar e ceder para conquistar o nosso “suado” dinheiro, enquanto nós, não devemos “cair em tentação”.
 

Ivana Medeiros Zon é assistente social,  especialista em Saúde Pública e em Estratégia Saúde da Família. Autora do Projeto Saúde Financeira na família: uma abordagem social, com foco em educação financeira.

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