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Itapemirim: assessor parlamentar é denunciado pelo Ministério Público por corrupção

O Ministério Público Estadual (MPES), por meio da 3ª Promotoria de Justiça Cumulativa de Marataízes (região litoral sul), denunciou o assessor parlamentar Gedson Alves da Silva pela prática do crime de corrupção passiva. Ele é acusado de pedir dinheiro a um empresário local supostamente para o patrocínio de evento e o financiamento de campanhas políticas. O inquérito policial, instaurado na época dos fatos, teria revelado que o dinheiro ficou com o próprio funcionário público, que já responde a uma ação penal por fraude em licitação.

Na denúncia protocolizada na última semana, a promotora de Justiça, Cristiane Esteves Soares, pede a condenação de Gedson por corrupção, duas vezes – uma para cada ocorrência do crime. Somados os fatos, a pena pode variar de quatro a 24 anos de reclusão, além do pagamento de multa. O caso tramita na 1ª Vara Criminal de Itapemirim, tombado sob nº 0002132-94.2016.8.08.0026.

Na denúncia inicial, a representante ministerial afirma que Gedson Alves, antes mesmo de assumir cargo na prefeitura – na época, antes da posse do atual prefeito Luciano de Paiva Alves (PROS) –, procurou o empresário que já era prestador de serviço da prefeitura, visando tranquilizá-lo.

Tão logo assumiu o cargo de assessor de imprensa do prefeito, Gedson teria o procurado novamente para pedir R$ 10 mil, supostamente para ser utilizado na campanha de Doutor Luciano. Nos dias seguintes, o funcionário público teria solicitado mais R$ 10 mil ao empresário, desta vez, como forma de patrocínio para um evento. A contrapartida seria o direcionamento de um procedimento licitatório.

Os fatos teriam ocorrido sem o conhecimento de Doutor Luciano que, inclusive, foi arrolado pelo MPES como testemunha da acusação. Gedson hoje tem ligações com a vice-prefeita Viviane Peçanha (PSD), hoje desafeta do atual prefeito. Ele chegou a exercer o cargo de secretário municipal no período de interinidade.

Em fevereiro deste ano, o assessor parlamentar e mais quatro pessoas por fraudes administrativas na gestão interina, que assumiu o município por quase cinco meses em 2015. A denúncia foi baseada em interceptações telefônicas que revelaram um esquema de tráfico de influência na indicação de pessoas para cargos na prefeitura. Os acusados – entre eles, vereadores de Itapemirim, e servidores públicos – respondem pelos crimes de fraude em certame de interesse público e formação de quadrilha, cuja pena pode chegar até 12 anos de prisão.

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