Sábado, 27 Abril 2024

Apostas de Pazolini

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Festa, balões, plateia barulhenta e prefeito carregado no colo por aliados. Assim foi o anúncio do reajuste linear para os servidores de Vitória nesta quinta-feira (14), com protagonismo de Lorenzo Pazolini (Republicanos), candidato à reeleição. O índice, de 10%, vem na esteira de medidas populares tomadas pelo prefeito com foco no funcionalismo municipal, campo que virou prioridade no seu caminho até o pleito, na tentativa de reverter sucessivos atropelos e imposições promovidos pela administração municipal, marcados por insatisfações e protestos. No final do ano passado, Pazolini se gabou com um aumento de 150% no abono de final de ano – R$ 2,5 mil – e, agora, vende "o maior aumento da história da cidade em uma gestão", somando os reajustes anuais deste ano; de 2023, com 7%; e de 2022, com 12,36% - este escalonado. O anúncio desta quinta beneficia 17 mil servidores, entre ativos e inativos, e valerá a partir do próximo mês. Resta, apenas, o projeto ser votado na Câmara de Vereadores, o que deve acontecer na próxima segunda-feira (18), com placar folgado e mais confetes lançados por aliados em cima do prefeito. Afinal, não tem absolutamente ninguém brincando em serviço!

Tem pressa
O reajuste deste ano, vale lembrar, se consolida antes mesmo de completar um ano do concedido em 2023, no mês de agosto. O prefeito investe com antecedência em suas cartadas eleitorais para delimitar espaços e fazer frente a opositores, que também já colocam as asas e as estratégias de fora.

Palmas prontas
Na festa, algumas presenças: presidente da Câmara e correligionário, Leandro Piquet; líder do Governo, Duda Brasil (Podemos); e Leonardo Monjardim (Novo). Todos vereadores candidatos à reeleição. Fora o secretariado de Pazolini, as torcidas formadas por aliados e a claque de servidores. Quer dizer, tudo em casa e no esquema.

Agora vai!
Na Serra, o comentário que predomina nos bastidores políticos é que o presidente estadual do PDT, Weverson Meireles, pupilo do prefeito Sergio Vidigal, será, mesmo, anunciado neste sábado (16) como o candidato à sucessão deste ano. A jogada, no entanto, pode ser alterada lá na frente, caso ele não consiga somar capilaridade eleitoral nesses meses que antecedem a definição dos palanques.

Plano em teste
Weverson Meireles tinha sido deslocado para o governo no ano passado, como secretário de Turismo, quando o possível candidato de Vidigal seria o ex-apresentador de TV Philipe Lemos (PDT), que assumiu, nesse projeto, a Secretaria Municipal de Cultura. Meses depois, a mexida foi desfeita e Weverson passou a ocupar o cargo de secretário-chefe do Gabinete do prefeito, embaralhando o jogo da disputa deste ano.

Plano em teste II
Caso o pupilo vingue, Vidigal se livra da responsabilidade de se candidatar à reeleição, como vinha anunciando. Se não, é ele mesmo quem vai encarar a guerra eleitoral, que registra intensos capítulos desde já. Os principais adversários, o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP) e o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos), estão sedentos para derrubar Vidigal e seu grupo.

Aliança
Ainda no município, o ex-presidente da Câmara de Vereadores Rodrigo Caldeira (PSDB), que era alinhado a Vidigal, pulou para a oposição. Ele se filiou ao Republicanos, para apoiar o projeto de Muribeca, que considera "novo e ideal para a cidade". A aliança foi anunciada pelos dois nas redes sociais, com outros vídeos de críticas ao prefeito.

Quase lá!
Também está prestes a trocar oficialmente de partido o deputado estadual Zé Preto. Depois de conseguir liberação do PL e da Justiça Eleitoral, ele assina a ficha na próxima semana, para erguer o palanque à Prefeitura de Guarapari. O PL fechou a possibilidade para Zé Preto, o único da bancada do partido na Assembleia a apoiar o governador Renato Casagrande (PSB).

Tabuleiro
No município, o mercado espera a definição do prefeito Edson Magalhães (PSDB), que terá que fazer um sucessor. Enquanto isso, o cenário pipoca de candidato. Um deles seria o ex-deputado federal Ted Conti (PSB), mas outras lideranças também se movimentam, como o presidente da Câmara de Vereadores, Wendel Lima (MDB), e o também vereador Rodrigo Borges (Republicanos). O PT é outro que sempre participa do pleito. Veremos os próximos capítulos!

Nas redes
"Pela sexta vez consecutiva, eleito para coordenar a bancada capixaba no Congresso Nacional! Com diálogo e unidos quando o assunto é o Espírito Santo, vamos seguir. Nosso trabalho é para garantir investimentos (...)". Da Vitória, deputado federal pelo PP.

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Jogada de mestre?

Lorenzo Pazolini acena para servidores, área sensível de sua gestão, e vai pagar abono de R$ 2,5 mil
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