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Manifestantes ‘enterram’ a educação pública do Estado

Esse domingo (28) foi de protesto de estudantes, professores e movimentos sociais contra o retrocesso que representam os planos Municipais e Estadual de Educação. O ato público, realizado na Praia de Camburi, em Vitória, culminou em um enterro simbólico da educação pública do Estado.

Durante o protesto, os participantes fincaram cruzes na areia da praia com os nomes de vereadores de Vitória, de Vila Velha, deputados estaduais, e membros do Executivo estadual, como o secretário de Educação Haroldo Rocha, responsável pelo plano no governo do Estado.

 
Os manifestantes fizeram um protesto especial (foto ao lado) ao governador Paulo Hartung (PMDB), apontado como o grande responsável por ter deixado a comunidade escolar de fora da discussão do PEE e imposto o projeto Escola Viva também sem o amplo debate.
 
Em Vitória, na última semana, foi aprovado pela Câmara de Vereadores o Plano Municipal de Educação (PME) sem discussão com a comunidade escolar e com supressão de diversos artigos. Logo após a votação, professores e estudantes se mobilizaram contra o PME de Vitória e conseguiram que fosse marcada para esta terça-feira (30) uma reunião para debater o plano e discutir as emendas.

Já o Plano Estadual de Educação (PEE) foi aprovado a toque de caixa pela Assembleia Legislativa em 17 de junho, mesmo com as críticas da comunidade escolar. O plano só foi discutido com a sociedade até dezembro de 2014, mas a discussão foi interrompida durante os cinco meses da atual gestão do governador Paulo Hartung (PMDB). A versão final do PEE não foi apreciada pelo Fórum Estadual de Educação.

Em Vila Velha, o PME também foi aprovado na sessão da última quarta-feira (24) da Câmara, mesmo com alertas da comunidade escolar e de legisladores acerca da falta de discussão. Na terça-feira (23), foi realizada uma audiência pública justamente para debater o plano e apontar para os riscos da falta de discussão.

O vereador Zé Nilton (PT), que foi o proponente da sessão e também é presidente da Comissão Permanente de Educação, alertou para sobre a falta de compromisso com a prefeitura com o debate público acerca do PME.

Durante a votação do PME de Vila Velha também houve protesto de servidores da educação e de estudantes por conta da falta de discussão sobre o plano e pela supressão de artigos.

Durante o ato público na Praia de Camburi também foram lembrados os cortes promovidos pela atual gestão na educação. Em Colatina, na região noroeste do Estado, em uma escola do bairro São Silvano, existe um “mapeamento do ventilador”, que estabelece os dias em que determinados aparelhos podem ser ligados, já que se todos forem ligados ao mesmo tempo ocorre um curto-circuito na rede elétrica da escola.

Já na Serra, as cópias foram suspensas por tempo indeterminado, sob a alegação de contenção de gastos. Além disso, a verba das escolas foi reduzida em 72%.

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