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Rogerinho nega ter recebido procuração para administrar táxis

Convocado pela CPI dos Táxis, na Câmara de Vitória, para esclarecer a utilização de procurações de táxi, o vereador Rogerinho Pinheiro (PHS) negou que tenha recebido ou transferido delegação para administrar permissões. Século Diário teve acesso a 125 procurações e revelou que o líder do governo Luciano Rezende (PPS) se valeu por duas vezes do mecanismo de procurações, inclusive no período em que estava na Câmara. A sessão ocorreu nessa terça-feira (7) na Câmara.
 
Em 25 de junho de 2013, Rogerinho substabeleceu a Sérgio Antônio Gomes a procuração da permissão 0380, registrada em nome de Celso Machado Castelan. O mandato da permissão foi delegado em 7 de março de 2012. Em 3 de maio de 2012, o permissionário da placa 0416 Joabes das Virges Pereira concedeu procuração a Rogerinho por dois anos. O instrumento vedava a venda, transferência, doação ou permuta da permissão. A administração de dois carros pode valer cerca de R$ 4 mil mensais ao gestor das permissões.
 
Rogerinho alegou que mantém apenas uma relação de amizade com Castelan e que conhece Gomes apenas profissionalmente.
 
Celso Machado Castelan também foi ouvido pela comissão e disse que obteve a permissão por licitação. Ele afirmou que passou procuração para Rogerinho em 2008 para solução de problemas burocráticos até 2012, quando delegou a gestão da permissão a Sérgio Antônio Gomes. O motorista disse que seus defensores recebem comissão e que ele recolhe INSS, mas é isento de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Ele disse que se reveza no veículo com outros dois defensores.
 
A CPI mais uma vez expôs esquemas de fraude em contratos de permissão de táxi. Uma acareação entre o permissionário Nélson Motta Neto e o defensor George Luis Silva Bonfim reforçou as suspeitas sobre o esquema de procuração de táxi.
 
A Câmara Municipal de Vitória que investiga denúncias de irregularidades no transporte individual de passageiros (CPI do Táxi) promoveu acareação entre o permissionário Nélson Motta Neto e o defensor George Luis Silva Bonfim. Eles se contradisseram sobre o período em que Nelson trabalhou no ponto. A reunião foi nesta terça-feira (07/06). A Comissão é composta pelo presidente Devanir Ferreira (PRB), pelo relator Sérgio Magalhães (PTB) e pelo vice-presidente, Reinaldo Bolão (PT).
 
Nélson disse que atua em escala de trabalho de 24 horas, revezado com outros dois defensores, dos quais cobra R$ 200 de diária. Garantiu ainda que não tem outra atividade além de dirigir táxi. O presidente da CPI, Devanir Ferreira (PRB), questionou, então, se Nélson trabalha há oito anos no ponto do Hotel Golden Tulip, na Enseada do Suá, que tem cerca de 10 vagas para táxi. Devanir disse que obteve a informação de que ele trabalha lá há apenas sete dias.
 
Nélson confirmou as suspeitas do vereador: só soube citar o nome de dois colegas de trabalho. Também disse que passou uma procuração para Valdir Jorge Souza administrar sua permissão 
 
O depoimento de George Bonfim, no entanto, contradisse o permissionário. O defensor disse que foi contratado por Valdir e que paga R$ 200 de diária ao procurador da permissão de Nelson. Ele disse que nunca viu o permissionário no ponto e confirmou que ele pegou o carro há sete dias. Valdir Jorge Souza é um dos taxistas que mais concentra procurações de táxi no mercado de Vitória, como já revelou a CPI da Máfia dos Guinchos, na Assembleia Legislativa, em que ele já depôs para explicar a utilização de procurações.

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