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OAB-ES denuncia juiz de Vila Velha ao CNJ por excesso de prazo

A Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) protocolou uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em face do juiz da 2ª Vara Cível de Vila Velha, Cleanto Guimarães Siqueira. No pedido de providências (0006342-95.2016.2.00.0000), a entidade aponta excesso de prazo nos processos em tramitação na vara. Além da demora na marcação de audiências – algumas já marcadas para 2018 –, a Ordem menciona ainda queixas de profissionais em relação ao tratamento dado pelo juiz.

“Comuns são as reclamações de advogados em face da unidade, seja em razão do trato do magistrado com os advogados e advogadas, marcado pelo desrespeito e violação às prerrogativas profissionais, seja em razão da violação ao princípio da razoável duração do processo”, diz o texto da representação protocolada na última terça-feira (8).

A denúncia cita o exemplo de uma ação, cuja audiência foi marcada para março de 2020 – e posteriormente antecipada para o dia 13 de junho de 2018 após a repercussão do caso nas redes sociais e uma coluna publicada no jornal Século Diário. A data da audiência foi remarcada no dia seguinte após a publicação do artigo – intitulado “Justiça atrasada”, publicado no último dia 19. Para a Ordem, a antecipação do ato não encerra a grande extrapolação de prazos.

“Vale assinalar que em ambos os processos – mesmo com a remarcação – de há muito foram extrapolados quaisquer limites de duração razoável do processo, como se pode observar da simples leitura dos andamentos dos já mencionados feitos. Aliás, já a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) dispõe, entre os deveres dos magistrados, não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar. Não é isso, porém, o que se observa na 2ª Vara Cível de Vila Velha”, aponta a entidade.

Na representação, a OAB-ES alerta o CNJ para a necessidade de realização de inspeção na unidade, fato que poderá resultar na descoberta de outros processos com prazos extrapolados, segundo a entidade. A representação também critica o fato da delegação à serventia da designação das datas para a realização dos atos processuais.  Desta forma, a Ordem dos Advogados solicitou a apuração dos fatos e tomada das providências disciplinares pertinentes.

Juiz trabalhista é denunciado por adiar audiências

A seccional da OAB-ES protocolou ainda representação disciplinar à Corregedoria do TRT-ES contra juiz adjunto da 14ª Vara do Trabalho pelo adiamento de audiências sem aviso prévio. Segundo a entidade, a atitude gera atraso na prestação jurisdicional e prejudica partes e advogados.

“Por várias vezes as partes se dirigiram à Vara, muitas com enorme sacrifício, inclusive de natureza financeira, com audiências marcadas há meses tendo que ser remarcadas. Diante da postura do magistrado, adiando pautas no dia da realização das audiências, a OAB-ES requer à Corregedoria o procedimento disciplinar cabível”, aponta a nota publicada no site da entidade.

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