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Pedágios da Rodosol: qual será o comportamento do governo Hartung?

Qual será o comportamento do governador Paulo Hartung (PMDB), agora que os casos dos pedágios da Rodosol voltaram à baila? Essa semana, o juiz da 10ª Vara Cível de Vitória, Marcelo Pimentel, concedeu liminar obrigando a redução no valor do pedágio da Rodovia ES-060, Vila Velha e Guarapari. Ao mesmo tempo, o Ministério Público Estadual (MPES) requereu a Justiça pedido para a redução do pedágio da Terceira Ponte.
 
O retorno de Hartung ao governo coincidiu com o retorno da cobrança do pedágio na Terceira Ponte. Em abril de 2014, sob o governo de Renato Casagrande (PSB), a cobrança do pedágio na ponte foi suspenso e só retomado por decisão judicial em dezembro do mesmo ano. A suspensão da cobrança foi baseada nas mesmas conclusões da auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que amparam a decisão da justiça quanto ao pedágio de Guarapari e o pedido do MPES.
 
Em janeiro, uma decisão judicial atendeu pedido da concessionária Rodosol e autorizou o reajuste dos pedágios da Terceira Ponte e da praça em Guarapari. Os novos valores foram divulgados em seguida: na ponte, a tarifa do carro de passeio passou de R$ 0,80 para R$ 0,95; em Guarapari, na Rodovia do Sol, a tarifa saltou de R$ 7,20 para R$ 8,50.
 
Em nenhum momento o governo Paulo Hartung questionou o reajuste das tarifas, mesmo que a questão tenha sido alvo de protestos acalorados em 2013 e 2014. A postura de Hartung, sobretudo em sua primeira passagem pelo governo, foi de sempre colocar-se ao lado da concessionária, enquanto os usuários da ponte sofriam com um pedágios caros e engarrafamentos nas vias.
 
As novas investidas da Justiça contra os pedágios da Rodosol mostram que essa é uma questão ainda não pacificada e como Hartung está divorciado da realidade. O governador, por sua vez, até aqui mostrou que ainda está lá no início dos anos 2000: não assimilou a insatisfação da população com estes “Muros de Berlim” capixabas que são os pedágios da ponte e de Guarapari, que restringem a mobilidade das pessoas ao custo de tarifas desproporcional ao serviço prestado.

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