O ano de 2018 foi repleto de lançamentos musicais de artistas do Espírito Santo. Século Diário selecionou dez deles para você ouvir:
Melanina MCs – Sistema Feminino
O primeiro disco do quarteto Melanina MCs foi lançado logo em janeiro de 2018. Em Sistema Feminino, Afari, Mary Jane, Geeh e Loli apresentam composições que trazem entre os temas o machismo e racismo enfrentado pelas mulheres negras e periféricas. O disco conta com participação de outras jovens de talento do rap capixaba: Morena (Solveris) e Budah.
Solveris – Vida Clássica
Outro grupo que estreou com disco foi o Solveris, quarteto formado por quatro jovens de Vila Velha. São dez canções que passam entre o R&B e o rap. As faixas foram produzidas por produtores do Espírito Santo, Mato Grosso e Estados Unidos, com gravação, mixagem e masterização de Ricardo Vieira.
522 – Amar é bom
Grupo formado por cachoeirenses, o 522 apresentou em fevereiro seu primeiro EP, com cinco canções. São três sambas autorais que dialogam com elementos de jazz, marchinha e outros. As letras falam de temas cotidianos como uma pescaria que não aconteceu, uma festa infinita e uma desilusão amorosa. Completa o álbum Vou Partir, uma canção relíquia escrita pelo bisavô de dois dos integrantes do 522 e resgatada pelo grupo. O disco foi apresentado na internet com um show ao vivo no canal Navi Brasil.
Juliano Gauche – Afastamento
Radicado em São Paulo, o artista nascido em Ecoporanga, noroeste do Estado, lançou com boa repercussão seu terceiro disco, Afastamento. Esta obra de Juliano Gauche figurou na lista dos 25 melhores discos do país no primeiro semestre, elaborado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (Apca).
Silva – Brasileiro
Celebrado a nível nacional e também classificado entre os melhores discos do primeiro semestre no Brasil, Brasileiro é o terceiro disco de Silva, lançado nos meios digitais no final de maio. No disco, como sugere o título, o artista dialoga com os ritmos brasileiros como bossa, samba e MPB. Uma das surpresas foi a gravação de Fica Tudo Bem junto com a artista carioca Anitta.
Soltos e Prensados – Afronauta
Depois de 14 anos de sua criação, o Soltos e Prensados finalmente apresentou seu primeiro EP, lançado em outubro de 2018. Em Afronauta, o grupo reúne cinco canções com sonoridade ampla que bebe de fontes como funk, rock, rap, dub e MPB, e com letras que buscam refletir criticamente sobre a realidade das periferias.
Os Pedrero – Deu um teco no teco-teco
Hardcore e zueira são parte da conformação do grupo Os Pedrero. Com o sonoro nome de Deu um treco no teco-teco, o oitavo disco do grupo capixaba, primeiro sem a presença do guitarrista Tonny Powzer, conta com participação de Rodrigo (Dead Fish), Phil (CPM22), Zuzu (Guitarria), Lolô (Whatever Happened to Baby Jane) e Alexandre Capilé (Water Rats / Sugar Kane), que também assina a produção, mixagem e masterização do álbum. No repertório, temas que vão da cena local em Os hipster do Centro, Galera de Vila Velha até assuntos tão universais como Odeio cagar na rua, Vou colocar seu filho na droga e Vomitando muito.
Whatever Happened to Baby Jane – Luz del Fuego
O ano também foi de estreia da banda de hardcore Whatever Happened to Baby Jane. Formado por mulheres, o grupo aposta num instrumental pesado e canções reivindicativas. O título do disco remete à canção que homenageia Dora Vivacqua, a Luz del Fuego, artista, naturista e feminista nascida no Espírito Santo.
André Prando – Voador
Um dos discos mais esperados do ano no mercado capixaba, André Prando lançou seu segundo disco, Voador, no final de novembro. Com um som pop com toques de psicodelia na letra e nas músicas, são 12 canções com participações de outros cantores e instrumentistas. O disco foi possível graças a uma campanha de financiamento coletivo e teve a produção assinada por JR Tolstoi e Henrique Paoli.
DuRap – As Ruas e Eu
Fechando o ano, um dos integrantes do Suspeitos na Mira, primeiro grupo de rap capixaba, Dudu DuRap lançou em dezembro seu primeiro disco solo, As Ruas e Eu. São seis faixas trazendo sonoridade do rap com batidas marcantes e letras focadas em expressar a realidade das periferias.