Darlan Campos*
Na sondagem espontânea da pesquisa Brand/Século Diário, Sérgio Vidigal (PDT) aparece na liderança com 29% das intenções de voto. Destaque positivo para sua intenção de voto na região de Civit, com o eleitorado de sexo masculino, de baixa escolaridade, na faixa etária entre 44 e 59 anos. Do ponto de vista negativo, destaca-se a baixa penetração no litoral 1 e 2 e na faixa etária entre 16 e 24 anos.
O prefeito Audifax Barcelos (Rede) aparece em segundo na sondagem espontânea com 24,5% das intenções de voto. Destaque positivo para sua intenção de voto na região do Litoral 1, 2 e Carapina, com o eleitorado de sexo masculino, de alta escolaridade, na faixa etária entre 25 e 34 anos. Do ponto de vista negativo, destaca-se a baixa penetração na região de Civit e na faixa etária entre 16 e 24 anos.
Indecisos
Na sondagem espontânea existe uma parcela considerável do eleitorado que ainda não definiu seu voto (35%). Segundo os estratos, os mais indecisos estão na região de Jardim Limoeiro, Feu Rosa e Litoral 2, são do sexo feminino, na faixa etária entre 16 e 24 anos. Diversos especialistas são unânimes em afirmar que o eleitor utiliza-se da procrastinação na hora de definir seu voto. Para uma parte significativa do eleitorado, a eleição representa um custo, sendo assim, ele adia o máximo possível sua decisão, deixando para próximo ao pleito a definição final de sua intenção de voto.
Estimulada
Na sondagem estimulada o candidato Sergio Vidigal mantém a liderança, alcançando 40,3% do eleitorado. Em segundo aparece Audifax Barcelos com 37,3% das intenções de voto. Os dois estão empatados na margem de erro. Os estratos permanecem os mesmos da espontânea. Não sabe/Não respondeu representam 10,5% do eleitorado.
Decisão definitiva ou pode mudar de opinião
Indagou-se ao eleitor a respeito da sua escolha, se ele é suscetível à mudança ou se seu voto está consolidado. Para 73,3% dos eleitores, seu voto é definitivo e consolidado. Para 26,7% dos eleitores, algum fator pode fazê-lo mudar seu voto.
Atual administração
De uma forma geral, a atual administração é aprovada por 57,3% dos entrevistados. Apenas 34% desaprovam e 8,7% não sabem/não responderam. Destaque positivo para a região Jardim Limoeiro, na faixa etária entre 16 e 24 anos e mais de 60 anos, baixa escolaridade, classes C e D.
Rejeição
O candidato do PT Givaldo Vieira tem a maior taxa de rejeição: 20%. Essa rejeição se materializa na região de Carapina, sexo masculino, alta renda e escolaridade.
Gideão Svensson (PR) tem o segundo maior índice de rejeição: 18,3%. A rejeição do vereador do PR que disputa a prefeitura serrana se materializa na região de Carapina e Litoral 2, junto às classes sociais B e C.
A rejeição de Audifax (16,5%) se materializa de forma mais acentuada na região de Carapina e Civit, entre os eleitores do sexo masculino, e de baixa escolaridade.
A rejeição de Vidigal (13,5%) se materializa de forma mais acentuada na região do Litoral 2 e Serra Sede, entre os eleitores do sexo masculino e das classes C e D.
Aspectos positivos de Audifax
De uma forma geral, a atual administração é aprovada por 57,3% dos entrevistados. Apenas 34% desaprovam e 8,7% não sabem/não responderam. Se cruzarmos os dados de intenção de voto estimulada e aprovação de Audifax, percebemos que uma parcela significativa dos que votam em seu principal adversário, aprovam sua administração (36%). Sendo assim, há margem para crescimento. O que comprova a tese de que a reta final de campanha em Serra será emocionante. De certo, não teremos na eleição desse ano, nenhum candidato vencendo com a mesma margem de voto no primeiro turno, que tivemos na eleição de 2012.
Aspectos positivos de Vidigal
Vidigal aparece na frente na espontânea e na estimulada. Sua rejeição é menor do que a do seu principal adversário, Audifax. O principal colégio eleitoral da cidade, a região da grande Civit, que corresponde a aproximadamente 22% do eleitorado, está mais receptiva à sua candidatura. Na estimulada ele marca 53,4% contra 29,5% do seu adversário na região. O voto mais consolidado é o de Vidigal. Para 76,4% dos entrevistados, sua decisão é definitiva e não mudará. Audifax tem apenas 66,7% de menção em voto consolidado.
Caso PT
O deputado federal do PT, Givaldo Vieira, está sofrendo com o desgaste do partido e também pela frágil base eleitoral conquistada em 2014 na cidade. Para deputado federal, teve apenas 5.278 votos no município. Um caminho possível é aproveitar o respingo do impeachment e assegurar a fatia do eleitorado que defende a tese do golpe. Nas pesquisas nacionais, havia no auge do impeachment, ao menos, 25%-35% da população, contrários à saída de Dilma. Eis uma parcela do eleitorado pré-disposta para o discurso de Givaldo. O tempo é curto.
* Darlan Campos – consultor em Marketing Político, associado à Brand Pesquisas