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Morro do Cabral e Santa Teresa lançam o Meliponário Ilha do Mel

O programa Meliponário Ilha do Mel será lançado no próximo domingo, 19 de janeiro, como parte da programação de um curso de meliponicultura que acontece de oito da manhã às cinco da tarde no morro do Cabral, em Vitória. As vagas são direcionadas para os moradores do bairro e o vizinho Santa Teresa. 

A realização é da Associação de Meliponicultores do Espírito Santo (AME-ES), com apoio dos coletivos Casa Verde e Agricultores Urbanos, e cessão do espaço pela Prefeitura Municipal de Vitória. 

O objetivo é popularizar a arte de criação de abelhas sem ferrão. “Não deve ficar elitizada”, argumenta o presidente da associação, João Luiz Teixeira Santos. É o terceiro curso nesse sentido que a AME-ES realiza. Os primeiros foram na Foz do Rio Doce, em Linhares, norte do Estado, e no Vale Encantado, bairro de Vila Velha localizado no entorno da Lagoa Encantada

O curso é gratuito, com cessão dos enxames pela AME-ES e trabalho voluntário dos professores, também associados à entidade. Já o material que será necessário para a multiplicação futura dos enxames, deve ficar a cargo dos próprios alunos interessados em dar continuidade aos ensinamentos. “Caso a AME-ES consiga um apoio, poderá também doar os materiais, mas ainda não temos confirmação”, explica João Luiz. 

Os enxames ficarão no Morro do Cabral durante um ano, período em que a AME-ES continuará prestando assistência aos alunos, ensinando e fazendo a manutenção dos enxames, que serão usados para a multiplicação e distribuição para mais pessoas. Os originais, então, serão devolvidos à AME-ES, para realização de cursos em outros lugares, e os que forem multiplicados ficam para a comunidade dar continuidade ao trabalho. 

Polinização da Mata Atlântica

As abelhas nativas, ou abelhas sem ferrão, são do gênero Melipona, por isso o nome meliponicultura, para a atividade de criá-la, com objetivo de conservação e/ou produção de mel. 

Mel, aliás, de excelente qualidade. Apesar da menor quantidade, as abelhas nativas produzem um mel mais nutritivo e com propriedades medicinais únicas e mais potentes que suas primas europeias e africanas, estas, com ferrão e mais comuns no Brasil dos apreciadores da apicultura – criação de abelhas do gênero Apis. 

Apesar de produtoras mais vorazes de mel, as europeias e africanas, no entanto, por serem exóticas, não chegam nem perto do grande poder das melíponas nativas de polinizar espécies da nossa Mata Atlântica, bioma que garante solo fértil, água, ar puro e clima estável para cerca de 70% da população brasileira, aí incluído todo o Espírito Santo. 

 

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