A oração puxada pelo senador Magno Malta (PR) logo após a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) nas urnas nesse domingo (28) e antes mesmo do pronunciamento oficial, a pedido do próprio presidente eleito, foi só mais uma confirmação de que ele terá cadeira cativa na gestão do militar, o que vem sendo afirmado na imprensa local e nacional há muito tempo. Mas, só agora, parece ter sido assimilado pelo eleitorado local. Apesar de 63% dos capixabas terem votado em Bolsonaro para a Presidência da República, o pacote com Magno não tem a mesma aceitação. Não à toa, a população do Estado conseguiu a proeza de derrubá-lo no primeiro turno depois de anos de controle absoluto sobre boa parte dos eleitores, principalmente evangélicos e de bairros mais carentes. Desde a transmissão ao vivo da tal oração, as redes sociais iniciaram um movimento de críticas a Magno, sugerindo, inclusive, reivindicar ao presidente eleito que ele não comande um ministério. Tarde demais, e não foi por falta de aviso. “Vice dos sonhos”, “pastor de Bolsonaro” e substituto oficial do então candidato nas atividades de campanha pelo País, Magno é Bolsonaro, Bolsonaro é Magno. Os capixabas “compraram” o pacote completo, sem devolução.
Circulando
Nesse movimento das últimas horas, um assunto que ganhou novo fôlego foi a denúncia divulgada por Século Diário feita por um pai acusado pela CPI da Pedofilia, então presidida por Magno, de abusar da própria filha. Ele, porém, foi inocentado pela Justiça. O caso teve repercussão nacional.
Uniformes
Malta criou vários uniformes para a campanha eleitoral deste ano. Somente nesse domingo, apareceu com dois diferentes. Pela manhã, ao votar em Vila Velha, um que já tinha estreado, com a frase “Esfaquearam o País”. O outro, já ao lado de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, com a frase “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” e o desenho dos dois.
‘Paz’
Por falar na votação em Vila Velha, o senador fez, da cabine, o sinal de arma nas duas mãos. A marca registrada do presidente eleito.
Bandeiras
Petistas que terão mandato no próximo ano no Estado se manifestaram nas redes após a derrota de Fernando Haddad. O deputado federal reeleito, Helder Salomão, renovou seu compromisso com a “luta contra o golpe e defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores”. Já Iriny Lopes, que retornará à Assembleia, avisou que será oposição e não aceitará “a destruição dos valores de liberdade que lutamos durante anos para construir”.
Lados opostos
Tanto Helder como Iriny esbarrarão em candidatos do palanque do PSL. Na Câmara, Amaro Neto (PRB), Lauriete (PR), mulher de Magno, e Soraya Manato (PSL), mulher de Carlos Manato (PSL), segundo lugar na disputa ao governo. Na Assembleia, a bancada do partido de Bolsonaro é maioria…
Lados opostos II
…foram eleitos quatro filiados, sendo três militares: Capitão Assumção, coronel Alexandre Quintino e o delegado da Polícia Civil, Danilo Bahiense, além do radialista Torino Marques. E, do PRB, o atual presidente, Erick Musso.
Bastidores
A propósito, diante do atual cenário, já há apostas no mercado de que o partido irá reivindicar concorrer ao comando da Assembleia. Erick se articula para permanecer no cargo, mas Capitão Assumção também teria interesse.
‘Tour’
O deputado estadual Da Vitória (PPS), eleito à Câmara Federal, tem percorrido municípios do interior do Estado para agradecer os 74,7 mil votos que obteve no pleito. O “tour” ocorre das quartas aos sábados. Nesta semana, diz que passará por 17 cidades.
Mais uma
O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), viajou de novo. Desta vez, para San Diego, Califórnia. Segundo a gestão municipal, sem custos, para proferir palestras e dar aulas sobre gestão, além de visitar empresários e políticos. O vice, Sérgio Sá (PSB), já está a postos no comando da Capital.
PENSAMENTO:
“Despreza as estradas largas, segue os carreiros”. Pitágoras