Rose fecha coligação com nove partidos para enfrentar Casagrande

A disputa ao governo do Estado será polarizada entre o ex-governador Renato Casagrande (PSB) e a senadora Rose de Freitas (Podemos), que nesta sexta-feira (20) fechou coligação com nove partidos, agregando o bloco interpartidário formado para dar sustentação ao governo, depois da desistência à reeleição de Paulo Hartung (MDB). 

As novas composições representam um reforço à candidatura de Rose de Freitas, que, deste modo, reúne condições de enfrentamento ao ex-governador, em um bloco liderado por ela, já que a estratégia formatada por interlocutores de Hartung desandou, em consequência da falta de um cabeça de chapa para substituí-lo. 

Essa articulação representa o reconhecimento do governo de que não reúne mais condições de enfrentamento a Renato Casagrande, sendo necessário atrair a senadora Rose de Freitas, a fim de tentar evitar uma derrota acachapante. Esse novo quadro poderá decidir a eleição ainda em primeiro turno entre Rose e Casagrande.  

Entre os novos aliados estão o PRB, do deputado Amaro Neto, candidato ao Senado; MDB, do deputado Lelo Coimbra e partido do governador Paulo Hartung; e Rede, do prefeito da Serra, Audífax Barcelos. Os demais são: PSD, Pros, PRP, PMN, PRDB e Podemos. O PTC também havia sido incluído na aliança, mas suas lideranças afirmam que a decisão só será tomada neste sábado (21).

Do lado de Casagrande, o fato mais importante desta sexta-feira foi o anúncio do deputado estadual Sergio Majeski de não disputar o Senado. Em  nota distribuída no início da tarde, Majeski, quarto colocado na última pesquisa eleitoral, afirma que “as movimentações partidárias dos últimos dias criaram a possibilidade de novos arranjos que apontam para uma direção que não pretendo caminhar”. 

Com a frase, faz uma alusão direta às negociações em andamento entre Casagrande e o senador Magno Malta (PR), candidato à reeleição e líder nas pesquisas de opinião. Majeski vai disputar a reeleição e diz que retira sua pré-candidatura “deixando a Executiva Estadual do PSB mais à vontade para as possíveis articulações  político -eleitorais”. 

Casagrande agrega os senadores Magno Malta e Ricardo Ferraço, (PSDB), que ficou livre com a desistência de César Colnago, presidente do seu partido, que abdicou de integrar o grupo palaciano e disputar o governo como cabeça de chapa.