Quinta, 25 Abril 2024

PT atrasa formação da executiva estadual e definição de chapas eleitorais

PT atrasa formação da executiva estadual e definição de chapas eleitorais

Três meses depois de iniciado, o processo eleitoral que colocou, pelo voto direto, Jackeline Rocha na presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) no Espírito Santo, ainda não terminou. Uma crise interna instalada durante a demarcação de espaços na direção retarda a formação da executiva e, em consequência, a definição de nomes para compor chapas para as eleições de outubro deste ano. 


“O PT está dividido, como da vez anterior”, se queixa a deputada estadual Iriny Lopes, do grupo “Para voltar a sonhar, Lula Livre”, liderado pelo deputado federal Helder Salomão, que aponta a falta de diálogo do grupo “Lula Livre, sem medo de ser feliz”, da presidente eleita, acrescentando: “Do ponto de vista numérico, chegamos exatamente do mesmo tamanho”. 


Ela refere-se ao resultado da eleição, realizada nos meses de setembro e outubro de 2019, quando a chapa de Helder obteve, isoladamente, 49,5% dos votos na disputa para eleger os delegados, ultrapassando os 30,7% dos votos dados a Jackeline, percentual ampliado para 50,5% com o alinhamento das chapas "Alternativa para o Brasil Lula Livre", 14%; e "Unidade em Defesa do PT", 5,80%.


Com esse resultado, o número de delegados que elegeu a Comissão Executiva registrou 124 delegados para Helder Salomão e 126 para Jackeline Rocha, caracterizando um empate entre as várias correntes internas do partido. Nesse contexto, a ocupação de cargos deveria seguir, segundo Iriny, por meio de entendimento, visando um resultado consensual, principalmente para a formação da direção do partido.


Essa situação é um desdobramento da crise instalada no PT no Espírito  Santo desde a  2017, com a derrota da chapa encabeçada pelo então deputado federal Givaldo Vieira, hoje PCdoB, para o grupo do ex-prefeito de Vitória João Coser, que mantém sua influência no partido com a eleição de Jackeline. João Coser levou o PT a uma situação de submissão ao ex-governador Paulo Hartung, acirrando o clima de divisão. 


Para Iriny Lopes, apesar da crise, há uma expectativa positiva de recuperação do partido no que se refere às chapas de vereadores. Além disso, mesmo com essa situação, o PT dispõe de nomes para concorrer nas eleições majoritárias para prefeito. A deputada faz questão de frisar, no entanto, que essa decisão somente será tomada depois da formação do diretório regional, processo que conta com a participação da Nacional. 


Iriny cita entre os nomes com potencial para disputar eleições majoritárias o deputado federal Helder Salomão, em Cariacica, apontado como líder em pesquisas internas realizadas por lideranças políticas, segundo informações de bastidores. Em Vitória, ela aponta o próprio nome – “Estou à disposição do partido”, mas ressalta que não tem essa pretensão, e o da presidente do PT no Estado, Jackeline Rocha, que disputou o governo do Estado em 2018.

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