Domingo, 19 Mai 2024

IA empática e a ilusão da conexão

A tecnologia de Inteligência Artificial (IA) está transformando a forma como os profissionais de atendimento ao cliente interagem com os consumidores. Com avanços significativos, surgem os chatbots inteligentes e plataformas automatizadas de contato com o consumidor, que desafiam a maneira tradicional de lidar com as tarefas repetitivas.

No entanto, mesmo com o potencial das máquinas em realizar tarefas básicas, a intervenção humana continua sendo essencial. Os clientes valorizam a interação com pessoas e a presença humana é um fator diferenciador nesse contexto.

Progresso dos bots

Os bots estão evoluindo e agora têm a capacidade de compreender o estado emocional do cliente em tempo real, incluindo suas associações emocionais com determinadas marcas. Essa compreensão emocional permite que os bots ofereçam interações mais humanas e calorosas, baseadas em dados concretos e frios.

Assistentes úteis

Os chatbots e assistentes de IA podem lidar com muitas perguntas iniciais, liberando os representantes de atendimento ao cliente para outras tarefas. Porém, quando a IA atingir níveis indistinguíveis de empenho humano, poderá substituir ainda mais componentes do trabalho dos representantes, incluindo o processamento de linguagem natural.

Apesar disso, a maioria dos consumidores prefere interagir com seres humanos para apresentar reclamações. Eles querem que suas preocupações sejam ouvidas e que medidas sejam tomadas, em vez de simplesmente arquivar suas queixas.

Com o uso crescente de chatbots, a linha entre falar com um humano e uma máquina está se tornando menos clara. As marcas estão optando cada vez mais por usar serviços híbridos, combinando atendimento humano para consultas complexas e tarefas mais simples com IA.

Crescimento das habilidades sociais

A inteligência artificial agora pode responder de forma mais empática, como exemplificado pelo lançamento do Google Duplex. Esses sistemas têm a capacidade de lidar com pedidos básicos e interagir de maneira que parece profundamente humana. Eles podem adaptar sua linguagem, tom de voz e até mesmo adicionar pequenos detalhes, como pausas e sons naturais, para tornar as interações mais semelhantes às conversas que teríamos com outras pessoas.

Esse avanço na capacidade de resposta empática dos assistentes pessoais digitais resulta de melhorias em algoritmos de processamento de linguagem natural e técnicas de aprendizado de máquina. Com base em grandes conjuntos de dados e modelos treinados, esses sistemas podem interpretar e gerar linguagem de forma mais eficaz.

Isso tem implicações significativas para o campo das habilidades sociais. Por exemplo, esses assistentes podem ser usados como ferramentas de treinamento para pessoas que desejam melhorar suas habilidades de comunicação e interação social. Eles podem engajar os usuários em simulações de conversas, fornecer feedback personalizado e ajudar a praticar diferentes cenários sociais.

A inteligência artificial também está sendo usada para analisar padrões de interação social em grandes conjuntos de dados, como redes sociais, mensagens de texto e registros médicos. Isso pode fornecer insights valiosos sobre como as pessoas se comunicam e interagem, ajudando a identificar áreas de melhoria e desenvolvimento de habilidades sociais.


Flávia Fernandes é jornalista, professora e autêntica "navegadora do conhecimento IA"
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Segunda, 20 Mai 2024

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