Quarta, 08 Mai 2024

Diferentes, pero no mucho

Diferentes, pero no mucho


O abacaxi que caiu nesta semana no colo do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com repercussão na imprensa nacional, remete novamente ao caso semelhante registrado no Estado há anos: o desvio de verbas da Educação, alvo de ação no Supremo Tribunal Federal (STF) impetrada pelo deputado estadual Sergio Majeski (PSB) desde 2017. Na gestão tucana, segundo matéria da Folha de S.Paulo, a manobra já atinge R$ 2,8 bilhões, retirados do setor para cobrir gastos com aposentadoria de servidores, irregularidade identificada pelos Tribunais de Contas e de Justiça de lá. E mais: Dória também não aplica o mínimo constitucional estadual de 30% da receita na Educação, valendo-se de dribles que computam no bolo gastos com a Previdência. O tucano é acusado, assim, de repetir uma prática dos seus antecessores, o seu padrinho político Geraldo Alckmin (PSDB), e Márcio França (PSB). Por aqui, só mudam os personagens. Reiteradas denúncias feitas por Majeski apontam que os dois últimos governos – Paulo Hartung e Renato Casagrande - fizeram o mesmo, incluindo no piso da educação –25% no Estado - valores referentes ao pagamento de benefícios a servidores inativos e pensionistas, o que já soma, de 2011 a 2018, um rombo de R$ 4,4 bilhões no setor. Com uma diferença: ao contrário de São Paulo, a corte de Contas capixaba foi conivente e validou as manobras. A ação contra o governo do Estado, como se sabe, ainda está nas mãos da ministra Rosa Weber, no Supremo, onde também está o caso de Dória, e pode resultar em acusações de improbidade. Quer dizer, três gestores com perfis diferentes, pero no mucho.



Subserviência

Alguém precisa lembrar aos vereadores de Vitória que eles foram eleitos para fiscalizar o executivo, ou seja, o prefeito Luciano Rezende (PPS). Somente duas assinaturas do total de 15 cadeiras para abrir investigação ao programa Porta a Porta, após graves denúncias feitas dentro da Câmara pelos próprios usuários do serviço, chega a ser ridículo.


Subserviência II

Chama atenção que nem o grupo que se diz oposição, ou independente, seja lá o que for, teve coragem de assinar a CPI. Só o proponente, Roberto Martins (PTB) e Davi Esmael (PSB) o fizeram. Pior ainda aqueles que firmaram o compromisso e agora se fingem de mortos: o presidente da Câmara, Cleber Felix (Prog), Mazinho dos Anjos (PSD) e Neuzinha Oliveira (PSDB).


Dia agitado

Além dos encontros estaduais do PSL e PPS, em Vitória, o DEM se movimenta neste sábado (29) no interior. O casal Norma Ayub e Theodorico Ferraço convida para as convenções municipais do partido no sul do Estado, região onde os dois têm votos. Será às 9h em Marataízes e às 11h em Presidente Kennedy, nas respectivas câmaras de vereadores.


Todos

A propósito, o presidente do PSL capixaba, Carlos Manato, em comunicado oficial enviado por sua assessoria, garante que o objetivo principal do evento de sábado, na Assembleia Legislativa, é apresentar todos os pré-candidatos às prefeituras do Estado. O mercado político está de olho.


Holofotes

O senador Marcos do Val (PPS) não perde uma manifestação verde e amarela. Ele fez até vídeo chamando para a deste domingo (30), com frases e fotos do ex-juiz da Lava Jato e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, que, de fato, está precisando de confete para tentar amenizar o escândalo das mensagens divulgadas pelo The Intercept.


Pediu pra sair

A poucos dias da disputa interna do MDB, neste domingo (30), os aliados do secretário especial do Ministério da Cidadania, Lelo Coimbra, espalham dois vídeos do prefeito de Colatina, Sérgio Meneguelli. No primeiro, ele manda recado aos convencionais falando maravilhas de Lelo e de Hartung. No outro, dispara na direção do concorrente, Marcelino Fraga, que também tem reduto no município, em recortes de um debate eleitoral. A contradição: Meneguelli saiu do MDB no ano passado.


2020

Em Aracruz, norte do Estado, o segundo suplente de deputado estadual da coligação PV-SD-PHS, Luiz Carlos Coutinho (SD), já acena para a disputa à prefeitura em 2020. Médico cardiologista, com base em Barra do Riacho, ele obteve 10,2 mil votos na disputa de 2018, ficando pouco atrás de Claudete Vasconcelos, do mesmo partido, e filha do ex-deputado e ex-prefeito de Conceição da Barra e Pedro Canário, Mateusão. A coligação elegeu Luciano Machado e Marcos Antonio Garcia, ambos do PV.


Omissão

Próximo da audiência pública que irá debater os impactos e desafios da presença da Força Nacional em Cariacica, na noite desta sexta-feira (28), o prefeito Juninho (PPS) nada de confirmar sua presença, nem o secretário municipal de Defesa Social, José Alexandre Fraga Ribeiro. Aí fica difícil...


Omissão II

O evento será realizado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara, presidida pelo vereador Professor Elinho (PV), a pedido de movimentos sociais, preocupados com a ocupação de áreas periféricas e seus reflexos para as comunidades locais. Especialistas, autoridades e lideranças desses movimentos estarão presentes. Juninho vai faltar só porque Elinho é de oposição?


PENSAMENTO:

“Todo homem nasce original e morre plágio”. Millôr Fernandes

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