Sexta, 26 Abril 2024

Sergio Majeski ainda não foi notificado da ação penal movida por Eder Pontes

Sergio Majeski ainda não foi notificado da ação penal movida por Eder Pontes

Duas semanas depois que o procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, formalizou ao Tribunal de Justiça (TJES) solicitação para instauração de uma ação penal contra o deputado Sergio Majeski (PSB), o parlamentar ainda não foi notificado. O pedido foi feito no último dia 8 e até esta sexta-feira (23) ainda se encontrava pendente. 



Sobre o parlamentar existe ainda a ameaça de abertura de processo na Corregedoria da Assembleia Legislativa, que poderá resultar na cassação de seu mandato. Nesta sexta-feira (23), o deputado Hudson Leal (PRB), corregedor da  Casa, se negou a comentar o assunto, em obediência ao Regimento Interno da Assembleia, que exige que “todos os membros da Corregedoria devem manter discrição e sigilo”.



A motivação para a medida está relacionada a críticas de Majeski à aprovação pela Assembleia Legislativa do projeto que altera a estrutura administrativa do Ministério Público (MPES), criando 307 cargos comissionados. O deputado apontou uma “troca de favores” entre o MPES e a Assembleia Legislativa e gerou mal-estar na maioria dos parlamentares. No plenário, à exceção do deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), líder do Governo, ninguém se manifestou em favor do colega. Em discurso proferido nessa quarta-feira (21), Enivaldo protestou contra a postura do procurador-geral, defendeu a liberdade de expressão e cobrou respeito ao Parlamento. 



Para rebater o posicionamento de Eder Pontes, Sergio Majeski voltou a afirmar que não se intimida e criticou a postura do procurador-geral, questionando o fato de o Ministério Público não ser tão ágil assim em outros casos, pelo contrário, deixando sem respostas inúmeras denúncias protocoladas no órgão, "principalmente envolvendo agentes públicos do governo passado [Paulo Hartung]". 



Os bastidores políticos sinalizam que esse seria o motivo de uma análise mais de demorada, já que o deputado apontou a existência de forças políticas que trabalham para boicotar sua atuação e jogá-lo na vala comum e reforçou: “Nada me fará recuar das críticas sobre as falhas das instituições”. Além disso, Majeski foi o deputado estadual mais votado nas eleições de 2018, credenciando-se para disputar a Prefeitura de Vitória em 2020.   



A representação foi encaminhada por Eder Pontes para a 1ª Câmara Criminal do TJES, equivocadamente, sendo transferida para o Pleno, que tem competência para julgar deputados, pela desembargadora Elisabeth Lordes.  



A aprovação dos projetos criticados por Majeski, servidores do MPES e entidades da sociedade civil organizada, ocorreu no dia 16 de julho, um dia antes do recesso parlamentar. Na ocasião, Sergio Majeski questionou: “É muito estranho que no apagar das luzes venham esses projetos para serem votados em regime de urgência. O Ministério Público, criando mais 307 comissionados, passará a ter mais de 500 cargos comissionados, número superior aos efetivos”.  

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