Velha-Nova Ordem

Enquanto o candidato da situação, Ricardo Brum (chapa 1/foto à esquerda), apoiado por Homero Mafra, e José Carlos Rizk (chapa 2/foto à direita) intensificam os ataques mútuos na disputa pelo comando da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Elisângela Melo (chapa 3) corre por fora e se consolida como a "terceira via". A dois dias da votação, nesta quarta-feira (28), que envolve advogados de todo o Estado, a guerra entre os dois primeiros concorrentes ganhou novos contornos nas redes sociais, depois que Rizk faltou ao debate (mais um) promovido pela Comissão da Advocacia em Início de Carreira (CAIC) Serra, na noite da última sexta-feira (23), na Câmara Municipal. Homero, que venceu Rizk por pouco na última eleição, tirou uma foto da cadeira vazia do adversário e aproveitou para fazer duras críticas a ele no Facebook, o que gerou debate entre apoiadores dos dois lados. Já Elisângela, considerada a surpresa da disputa, tem reforçado seu discurso de independência. Ela afirma que, ao contrário das demais chapas, não representa os interesses das grandes empresas de advocacia nem da “velha política”, além de provocar uma discussão importante e necessária sobre o protagonismo feminino na Ordem. Apesar de ter esta palavra no registro de chapa, a pergunta que não quer calar: José Carlos Rizk renova, de fato, a OAB? A campanha mostrou que há controvérsias...

Velha-Nova Ordem II

Fora a questão das ausências em debates, injustificáveis numa disputa eleitoral, Rizk se envolveu em outras posturas alvos de críticas, relativas à articulação com o mercado político. No bolo, denúncia de favorecimento na Câmara de Vitória, depois de vereadores priorizarem a apresentação de propostas de sua chapa a advogados do legislativo municipal, e de interferência de deputados estaduais e até do governo eleito.

Velha-Nova Ordem III

No caso dos deputados, vinda do líder do atual governo, Marcelo Santos (PDT), que já teria declarado apoio a Rizk. O deputado cancelou, sem explicações, o debate que havia proposto entre os três candidatos para apresentação de suas bandeiras na Assembleia. A medida levantou suspeitas de que Marcelo atendeu, assim, ao interesse da Chapa 2.

‘Medo’

Na publicação mais recente de Homero nas redes sociais, referente ao evento de sexta-feira, ele diz, entre outras coisas, que uma “cadeira vazia pode significar muita coisa (...). Fuga, medo, desprezo pela advocacia, tudo isso junto e misturado (...)”. O atual presidente da Ordem, no cargo há nove anos, integra a chapa de Brum como candidato ao Conselho Federal. 

‘Medo II’

O texto, como não poderia deixar de ser, registrou não só comentários de aliados de Brum e Rizk, como também provocações básicas de campanha eleitoral. Teve gente que comparou o candidato ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que faltou aos debates na campanha (mas até tinha o que alegar), e ainda quem lembrasse a cor da chapa 2, em referência ao “amarelou”.

Segue...

Para possibilitar a votação dos advogados nesta quarta, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) suspendeu os prazos processuais e judiciais, além das audiências. As decisões atendem a pedido da própria Ordem.

‘Overdose’ de mídia

Encontro em Pedra Azul, Domingos Martins, agora em Oxford, na Inglaterra. O governador Paulo Hartung (sem partido) se mantém na imprensa explorando a ideia de integrar “um seleto grupo de políticos e representantes da academia e da sociedade civil que discutirá o futuro do Brasil para os próximos anos”. Aproveita mesmo, que logo mais...

Comitiva

Estão com ele por lá o secretário-chefe da Casa Civil e embaixador José Carlos da Fonseca, que aparece em todas; o deputado federal eleito Felipe Rigoni (PSB); e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Carlos Ranna.

Campo amigo

Aliás, mal, mal assumiu o Palácio Anchieta, o vice César Colnago (PSDB) foi cumprir agenda nesse sábado (24) em Conceição da Barra, norte do Estado, que tem na prefeitura seu correligionário Franscisco  Vervloet, o Chicão. Os dois realizaram visitar e reinauguram o estaleiro municipal.

Futuro

Depois de muita polêmica, a Câmara de Vila Velha aprovou, como se sabe, o pedido de empréstimo do prefeito Max Filho (PSDB). Mas as críticas à gestão municipal seguem a todo vapor, vindas principalmente do vereador Arnaldinho Borgo (MDB), que tem pretensões políticas. Ele foi candidato a deputado estadual este ano, mas ficou pelo caminho, com 15,3 mil votos.

Acusação grave

Quem também disparou na direção da prefeitura na última sessão, mas com a mira no secretário de Educação, Roberto Beling, foi o vereador Heliossandro Matos (PR). Beling foi acusado por ele de assediar moralmente Claudia Allemand, responsável pela Umef Ernani Souza, no Bairro Divino. A motivação, segundo o vereador, foi política, relacionada à eleição para escolha dos diretores de escolas. 

PENSAMENTO:

“A humildade é a única base sólida de todas as virtudes”. Confúcio