Sexta, 26 Abril 2024

Vereadores ignoram problemas em escolas de Vitória

Vereadores ignoram problemas em escolas de Vitória

Sem questionamentos por parte dos vereadores, a secretária de Educação de Vitória, Adriana Sperandio, deixou de explicar o motivo de atraso na entrega dos uniformes aos alunos da rede municipal, o estado de abandono de alguns prédios escolares e a recente greve dos professores, entre outros assuntos, durante a prestação de contas que apresentou, na última quinta-feira (15) na Câmara.


A sessão foi realizada um dia depois da eleição da Mesa Diretora, em chapa única, formada com a fusão de duas chapas, integradas em sua maioria por vereadores da base aliada do prefeito Luciano Rezende (PPS). Da chapa eleita, faz parte o vereador Roberto Martins (PTB), que fazia oposição ao prefeito.   


A prestação de contas foi realizada no último dia do prazo, depois de dois adiamentos, em uma sessão esvaziada, presidida por Martins, conhecido por suas posições críticas ao setor, na qualidade de professor,  e à gestão de Luciano Rezende (PPS).


Na prestação de contas, no entanto, ele adotou uma posição passiva, segundo os portais noticiosos da prefeitura e também da Câmara, cujos títulos são praticamente idênticos: “Secretária de Educação presta contas na Câmara de Vitória”.


Questionado, o vereador afirmou nesta segunda-feira (20) que manteve o mesmo posicionamento, manifestando surpresa pelo fato de a matéria não incluir informações relevantes, como, por exemplo, a antecipação da distribuição de uniformes escolares.


As informações inseridas nos dois sites, da Câmara e da Prefeitura, apresentam a rede pública de Vitória repleta de investimentos, com inovação e aprimoramento de modelos e métodos, ilustradas com fotos de salas de aula de alto nível.


Diferente da realidade, como pode ser observado na tradicional escola Aristóbulo Barbosa Leão, na avenida Vitória. Os alunos estavam sem local para as aulas e usavam a sala da biblioteca. Além disso, não tinham livro, obrigando os professores a um rodízio.


Nos corredores, infiltrações e ameaça de desabamento. O prédio entrou em obras, com previsão de estarem concluídas em novembro, um mês antes do final do ano letivo.


Um dos problemas mais complexos, a greve dos professores, deixou de ser questionado, apesar de a Prefeitura ter efetuado demissões e provocado uma série de problemas familiares.  Na época, o vereador Roberto Martins foi um dos mais atuantes, autor de pronunciamentos contundentes.


Iniciada no dia 26 de março deste ano,  a greve durou mais de um mês. Nem mesmo a tentativa de intermediação do Ministério Público Estadual (MPES) conseguiu fazer o prefeito Luciano Rezende abrir um canal de negociação com a categoria.


Pelo contrário, ele resolveu radicalizar, publicando ato no Diário Oficial em que convocou os professores a retornarem ao trabalho, sob pena de responderem a procedimentos administrativos que poderiam culminar em demissões.

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