Sexta, 26 Abril 2024

Só faltava essa...

Só faltava essa...


O governador Paulo Hartung (sem partido) passou os últimos anos “fazendo a caveira” do seu ex-aliado e agora próximo dono da caneta, Renato Casagrande (PSB). Péssimo gestor, irresponsável com as contas públicas, quebrou o Estado...foram apenas algumas das expressões usadas contra o socialista nesse período. Aí veio a movimentação pré-eleitoral, e aquela imagem negativa colada em Casagrande, que deu muito certo para os planos de Hartung em 2014, não colava mais. Pelo contrário, dessa vez, quem corria o risco de amargar uma derrota inédita nas urnas era o próprio governador, que, diante desse cenário, logo pulou fora das eleições. Outubro chegou e a vitória de Casagrande foi confirmada, mas Hartung nem por isso parou de incomodar. Escancarou o cofre, anunciou incontáveis obras e concursos, fez convênios em cota única com prefeituras, o que exigiu intervenção do Tribunal de Contas, abriu vários créditos complementares, concedeu o maior abono natalino já registrado no Estado, além de prometer reajustes, etc., etc. e etc. E, embora diga que deixará um caixa gordo para o adversário político, as previsões não são animadoras para a equipe de Casagrande, que deve passar um “perrengue” no primeiro ano de mandato. Como se nada disso tivesse acontecido, porém, Hartung aparece em A Gazeta nesse domingo (16) posando de diplomático, para afirmar que está à disposição de Casagrande para ajudar sua gestão e, caso seja procurado por ele, mesmo no particular, irá colaborar “com maior carinho”. Não vai perder essa, né, Casão?!


Só faltava essa II...

Para completar a cena, o governador também aponta que está fazendo uma “transição bonita”. A equipe de Casagrande que o diga! Se não tivesse acionado a Justiça, a farra dos convênios estaria rolando solta até hoje. 


‘Menos pior’?

Tudo bem que não apareceu até agora um nome que enchesse os olhos para a estratégica pasta de Meio Ambiente do Estado, mas o deputado estadual Rafael Favatto (Patri), indicado por algumas ONGs ambientalistas, também teve atuação tímida à frente da Comissão de Meio Ambiente da Casa e, em muitos casos, foi inclusive omisso em questões essenciais para os capixabas. 


Regra descabida

A propósito, quando os gestores irão parar com essa mania de colocar o PV em cargos da área ambiental e em comissões de legislativos? Como sempre ocorre, Casagrande já sinalizou que entregará a pasta para o partido. Nunca é demais lembrar: por aqui, o PV só tem verde no nome mesmo.


Sede de poder

Outra pergunta que não quer calar: por que o procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, queria tanto ampliar seus poderes à frente do Ministério Público do Estado (MPES)?  Já não tem suficiente, não?


Continência

Aliás, mais do que no restante do ano, nessa reta final dos trabalhos na Assembleia Legislativa a subserviência da maioria dos deputados ao governo e ao Judiciário fica ainda mais latente. Projetos aprovados num piscar de olhos, sem qualquer discussão. Única exceção, com críticas contundentes, é Sergio Majeski  (PSB), que de vez em quando é acompanhado por algum colega de plenário. De vem em quando...


Continência II

Nesta segunda-feira, a máxima se repetiu. Projeto do MPES contou com únicos votos contrários o de Majeski e Marcos Bruno (Rede), enquanto a aprovação das contas de Hartung – desta vez de 2016 – só mesmo de Majeski.


Duas opções

E Hartung, vai sancionar as alterações de Eder Pontes? Claro ou com certeza?


Recompensa

A eleição para o comando do Sebrae-ES ainda repercute nos bastidores. Peça considerada fundamental na jogada que garantiu a presidência do Conselho Deliberativo ao deputado federal Carlos Manato (PSL), o ex-presidente da Federação das Indústrias (Findes), Marcos Guerra, aparece como cotado para ocupar diretoria no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), por influência do Manato. A conferir!


Compromisso

O vice-prefeito de Vitória, Sérgio Sá (PSB), passou na última sexta-feira (14) pela festa de encerramento do ano letivo da Escola Geração, ameaçada de fechar em processo movido pelo Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes). Interado do movimento iniciado por pais e responsáveis de alunos há algum tempo, Sérgio firmou o compromisso público de lutar pela manutenção da escola. Não citou nomes, mas criticou os atuais gestores pelo absurdo. O vice é do partido de Casagrande.


PENSAMENTO:

"Quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso". Millôr Fernandes

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